Boa Leitura ♥
Votem e comentem♥♥——— T H E • PAPER • BOY ———
Todo o inferno está contido numa palavra: solidão.
– Victor Hugo
— Depois do Bugatti, isso com certeza parece um carrinho de rolimã... – observou Tommo, com uma ponta de decepção na voz.SUBÚRBIO SUL DE SAN DIEGO, SETE HORAS DA NOITE
NO GALPÃO ANTIGO E ESCURO DE UMA MODESTA OFICINA
Ele se instalou dianteiro de um Fiat 500 da década de 60, sem enfeites nem cromagem, que Santos, o mecânico que nos haviam recomendado, tentava nos vender como se fosse um utilitário.
— O quesito conforto certamente deixa um tanto a desejar, mas podem acreditar: é resistente.
— Mas que ideia pintar de cor-de-rosa!
— Era da minha filha – o chicano explicou.
— Ai! – disse Tommo ao bater a cabeça. — Tem certeza que não era da Barbie da sua filha?
Enfiei a cabeça na cabine.
— O banco traseiro foi arrancado – constatei.
— Assim vocês ficam com mais espaço para a bagagem!
Tentando dar uma de entendido, testei os faróis, o pisca-pisca e a luz de freio.
— Tem certeza de que está dentro das normas?
— Pelo menos dentro das normas mexicanas.
Dei uma olhada na hora no celular. Com programado, tínhamos recebido os vinte e oito mil dólares, mas, entre a entrega do quarto e a corrida de táxi ate a oficina, havíamos perdido muito tempo. Aquele carro já estava pedindo arrego, mas sem habilitação não podíamos nem alugar nem comprar outro passando pelos trâmites legais. Além do mais, esse tinha a vantagem de ter sido emplacado no México, o que podia ajudar na travessia da fronteira.
No fim, Santos aceitou vendê-lo por mil e duzentos dólares, mas foi uma luta de mais de quinze minutos para fazermos caber minha mala grande e os pertences da madame num espaço tão pequeno.
— Não é esse carro que tinha o apelido de “pote de iogurte”? – perguntei, mobilizando todas as minhas forças para fechar o porta-malas.
— El bote de yogur? – ele traduziu, fingindo não entender a ligação entre o laticínio e o destroço que ele nos empurrava com alegria.
Dessa vez, fui eu quem assumiu o volante, e com certa apreensão pegamos a entrada. Anoitecia. Não estávamos num dos mais tranquilos lugares de San Diego, e tive um pouco de dificuldade para me localizar em meio e uma serie de estacionamento e zonas comerciais antes de finalmente encontrar a 805, que levava ao posto.
Os pneus gritavam, e o ronco anasalado do motor do Fiat substituíra o zumbido furioso do Bugatti.
— Que tal passar a segunda marcha? – Sugeriu Tommo.
— Eu já estou em quarta!
Ele deu uma olhada no velocímetro, que marcava apenas setenta quilômetros por hora.
— Você está no máximo – constatou, desiludida.
— Pelo menos assim temos certeza que não vamos ultrapassar o limite de velocidade.
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O garoto de Papel
Teen FictionO garoto de Papel conta a história de Harry Styles, o escritor do momento. Os dois primeiros volumes da sua Trilogia dos Anjos já venderam milhões de exemplares e colecionam fãs no mundo inteiro. Mas, ao perder seu grande amor, Harry cai em uma prof...