Capítulo 7

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Querem mais um?  Quem sabe a noite?

Boa leitura

[...]


— Não... — Olhei desnorteada para o homem à minha frente e depois para minha amiga que me olhava com uma grande interrogação em sua face. Minhas lágrimas começaram a cair, e uma raiva pelo acontecido tomou conta de mim. E um medo horrível, também. Meu maior pesadelo estava se tornando realidade. Ele voltou para me pegar. Austin Mahone , infelizmente me achou.

— Calma Mila. Vai ficar tudo bem. Nada de ruim vai te acontecer. — Dizia Verônica para tentar me acalmar. Porém no momento não tinha nada que me fizesse ficar calma.

— Como? — Perguntei para o homem à minha frente que me olhava com um semblante sério.

— Há exatamente uma semana o Sr. Mahone fugiu... — Balancei a cabeça negativamente. — Estava sento transferido para outro presido fora de Miami Beach quando o carro policial teve um problema com uma das rodas e ele ao sair para tomar um ar, aproveitou o momento para fugir e esconder-se em meio às árvores que tinha no local. Os agentes penitenciários não conseguiram encontra-lo em lugar algum.

— Bando de incompetentes. — Sussurrei só para mim.

— Mais respeito, Srta. Cabello... — Berrou de repente. Ele havia escutado o meu murmúrio. — Ou terei que prendê-la por desacato à autoridade. — Revirei os olhos e ele me lançou um olhar desaprovador.

— Como vocês se deixaram enganar por um homem daquele? — Eu estava visivelmente alterada, gritando com o homem à minha frente, que a essa altura havia esquecido que era um policial, e sem dar a mínima para o que ele tinha falado antes.

— Abaixe o tom de voz senhorita... — Pediu novamente, levantando-se da cadeira. — Ou terei que prendê-la... — Encarou-me. — E não é isso que nem eu e nem você também, queremos. — Sem medo algum, encarei-o também.

— Calma Mila... — Pediu Vero, chamando minha atenção. — Não piora as coisas. — Sussurrou apertando minha mão com força.

— Calma? — Indaguei indignada. — Você está pedindo para eu ficar calma? — Repeti, levantando-me da cadeira, furiosa. —Verônica, minha vida está correndo um grande risco... A vida do meu... — Parei de falar ao me dar conta da forma como chamaria Lauren. Não podia chamá-la de amor na frente da Verônica. Só em meus pensamentos. Nem quando estava com ela a tinha chamado assim. Quanto mais na frente dos outros. —... Da... Da Lauren... Está também correndo um grande risco e você está me pedindo calma? — Sorri de forma irônica. Respirei fundo e coloquei os cabelos que estava me incomodando no rosto, para trás da orelha. — Já chega! Quero ir embora agora... Será que posso ir senhor delegado? — Olhei para ele com ar de deboche.

— Fique a vontade... — Sorriu ironicamente e apontou para a saída. — Nós tornaremos a procurá-la para dar-lhe notícias do senhor Austin Mahone. — Levantou-se da cadeira e se dirigiu à saída, porém antes de passar pela porta disse: — Tenham um bom dia senhoritas. — E então nos deixou a sós.

—Vamos embora daqui, Vero. — Puxei sua mão para que se levantasse. — Preciso ir para o hospital saber como a Lauren está.

Minha amiga se levantou e me puxou para um abraço apertado. Beijou minha testa e sussurrou: vai ficar tudo bem. Em seguida, em silencio saímos da sala acompanhada por uma policial, passamos pelo delegado e outros policiais, e finalmente saímos daquele lugar.

[...]

Enquanto estávamos a caminho do hospital, Vero puxou assunto, depois de longos minutos em silêncio.

Next to me - CamrenWhere stories live. Discover now