Capítulo 42

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Pessoas que tem padrastos legais, qual a sensação?

Consegui aparecer antes do previsto. 

Boa leitura

[...]


— Qual a porra do seu problema? — Grito, sentindo o sangue escorrer pelos meus lábios. Eu podia explodir de raiva. 

— Eu exijo respeito, Srta. Cabello! — Fala com autoridade. 

— Cala a boca! — Vou para cima dela e vejo-a recuar uns passos. Ótimo! É bom que fique com medo mesmo. — Você não está em posição de exigir alguma coisa. Principalmente se for respeito. — Sem respeito algum. - Aponto o dedo em seu rosto. — É assim que você acha que conseguirá alguma coisa comigo? — Ela arqueia a sobrancelha e gargalha. — O que você quer de mim, afinal? — Grito, contendo-me para não avançar mais.

— De você? — Questiona franzindo o cenho. Mas eu sabia que ela estava fingindo a inocência. — Nada! — Dá de ombros e sorri.

— Por que justo eu, no meio de tantas garotas? Não poderia escolher outra para infernizar? — Eu estava muito indignada. Talvez estivesse vermelha de raiva. — Esse colégio é tão grande. Poderia escolher qualquer uma para dar em cima. 

— Você é só uma peça, Camila. Uma intermediaria. — Diz toda misteriosa. De braços cruzados, batia seus dedos de forma nervosa em seu antebraço. — Não é você quem eu quero. — Se eu fosse um desenho animado, teria uma interrogação de pura confusão em cima da minha cabeça. — Não foi à toa que eu vim parar nesse colégio. — Balança a cabeça de modo negativo e sorri. — Lauren conseguiu fugir de mim por muito tempo, mas eu a achei de novo. — Parecia falar mais para si, do que para mim. — Antes mesmo de conseguir a vaga de substituta, fiquei sabendo do envolvimento de vocês. Assim que pude, comecei a atacar. Não podia perder um minuto sequer. — Explicou, clareando tudo em minha mente. — Não me leve a mal, você é linda, inteligente, é engraçada, tem um corpo atlético e chamativo, Lauren escolheu bem, mas não faz o meu tipo. — Faz uma careta. 

— Você sabia que ela estaria aqui hoje? — Perguntei com surpresa. — Sabia que ela entraria por aquela porta justo no momento...

— Claro que não. — Rebate rapidamente, interrompendo-me. — Seria um pouco demais até para mim. — Revira os olhos e balança a cabeça negativamente, como se eu tivesse feito uma pergunta ridícula demais. Mas talvez eu tenha feito mesmo. Mas depois de tudo que ela confessou, não tem como pensar diferente. — Foi apenas o vento ao meu favor. — Minha vontade era de estapear seu rosto até minhas duas mãos se cansarem.

— Se você voltar a tocar em mim, ou tocar em um fio de cabelo de Lauren, eu não respondo pelos meus atos. — Ameaço sem receio. Eu podia sentir meu lábio latejar de dor, além do gosto de ferro em minha língua. A raiva não era só por causa de Lauren.

— Cuidado, Srta. Cabello... A cadeia não é um lugar indicado para passar o resto da vida. — Murmura irônica. Sentindo a raiva subir pelo corpo, avanço rapidamente e levanto minha mão em direção ao seu rosto, vendo-a fechar os olhos no segundo seguinte. Mas, respiro fundo e me afasto, seguindo para a saída da sala, apenas escutando sua risada. 

Tapando a minha boca para evitar que curiosos vejam o estrago que a louca fez, sigo para o banheiro e quase tenho um ataque cardíaco quando, ao entrar, encontro Verônica se olhando no espelho, para minha sorte, enquanto passava batom.

Entro rapidamente em uma cabine, tanto para ela não ver o meu machucado, como para ela não ver a minha bolsa, e me sento no vaso, para fingir estar usando-o. Vai que ela olhasse por baixo?

Next to me - CamrenDonde viven las historias. Descúbrelo ahora