Capítulo 52

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Fiquei com preguiça de revisar, então qualquer erro me avisem.

[...]

As próximas horas seguintes foram um inferno para mim. Devido à pequena colisão que tive mais cedo com minha morena, acabei ficando com uma forte dor de cabeça, e o barulho da sala de aula só fez piorar tudo. Eu fiquei bem chata por conta disso.

― Camila? ― Verônica me balançou. Eu estava de cabeça baixa, tentando, inutilmente, diminuir a minha dor.

― Humm... ― Murmurei, com preguiça de me levantar e até mesmo de falar.

― Tem atividade, Camila! ― Diz em tom de repreensão. ― Desde que o Sr. Gold entrou na sala que você está assim... ― Mesmo de olhos fechados, eu os reviro.

― Não estou com saco para fazer. ― Respondi, ainda sem levantar a cabeça. Na verdade, eu nem pretendia levantar.

― Vale ponto! ― Rebateu, me empurrando de leve.

― Vamos tirar 10 na prova e não vamos precisar desse ponto. ― Rebati, pouco interessada. ― Agora, só estou aqui pela presença mesmo. ― Remexi-me na cadeira, procurando posição mais confortável e enfiei ainda mais a minha cabeça por entre os braços.

Nas horas seguintes, Verônica não me importunou mais.

Quando larguei, mudei o caminho que eu seguia, o da casa de Lauren, e fui para a minha, pois, no dia seguinte eu teria curso de Francês logo cedo, e além de meus materiais estarem lá, eu preferia sair da minha casa mesmo.

Assim que abri a porta de casa, senti falta de ser recebida com milhares de lambidas e carinhos de Ava, mas logo lembrei que ela ainda estava na casa da minha professora e eu estava sozinha na casa. Ao fechar a porta, soltei a bolsa no chão e caminhei apressada até o meu quarto. A dor de cabeça estava tão forte que eu me sentia enjoada, mal conseguia manter os olhos abertos e ficar em pé. Parei em frente a cama, que me parecia tão convidativa, tirei as botas e me joguei. Dormir seria o melhor remédio.

Acordei horas depois, sobressaltada, suada e com o coração acelerado. Eu tinha tido um pesadelo, mas não me lembrava como foi. Apenas sei que foi um sonho ruim por causa da sensação ruim que senti assim que despertei. Sentei-me na cama e me espreguicei. O quarto estava completamente escuro e eu me forcei a não deixar minha mente trabalhar e ver o que não devia. Minha cabeça não doía mais e eu já não sentia mais vontade de vomitar. Levantei-me devagar, acendi a lâmpada do quarto. Procurei o meu celular para ver as horas, mas lembrei que ele estava na bolsa, jogada na sala. Olhei para o despertador no criado-mudo e me assustei ao ver que já passava das 10 horas da noite. Eu tinha dormido muito. Era para ter sido apenas um cochilo, o suficiente para aliviar minha dor de cabeça, mas acabei passando direto.

Saí dos meus aposentos, deixando a lâmpada acesa para iluminar um pouco aquela casa que parecia mal-assombrada, e fui até a sala. Peguei minha bolsa do chão e busquei o meu celular, que se encontrava descarregado. Deixei-o carregando e fui para a cozinha. Eu estava com tanta fome que a minha barriga, além de estar falando comigo, pedindo-me para ser alimentada, estava doendo. A última vez que eu tinha comido algo foi no intervalo. Já fazia bastante tempo.

Sem vontade para fazer uma senhora refeição quase 11 horas da noite, preparei três pãezinhos com queijo e geleia de morango, eles eram pequenos demais e eu estava com fome demais, para comer um só, e fiz um copão de leite para acompanhar. Aprendi com minha morena, que tomar leite antes de ir dormir e também quando acorda, faz muito bem. Desde então, tenho tomado bastante. Se meus ossos pudessem falar, eles estariam agradecendo por estarem sendo tão bem cuidados.

Next to me - CamrenWhere stories live. Discover now