Capítulo 69

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''O amor ... Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.''
 Coríntios 13:7
30

Quando cheguei em casa, Ava dormia tranquilamente, de perna para cima e tudo, em cima do sofá. Folgada!

Andei pelos cômodos para ver o que minha pequena tinha aprontado e para minha surpresa, o único lugar que ela sujou foi o meu quarto. Todas as suas necessidades tinham sido por lá. Todas as bacias de ração que deixei estavam vazias e as de água, apenas uma ainda tinha conteúdo.

Depois de tomar um bom banho relaxante e arrumar a bagunça que Ava fez em meu quarto, sai para ir ao hospital para que dessem uma analisada em meu pé. Talvez o corte tenha sido profundo e precise de ponto. Em vinte minutos cheguei ao prédio da emergência, preenchi meus dados e esperei dez minutos até ser chamada. Encontrei o senhor que me atendeu no dia da queimadura e torci para que fosse ele o médico a me atender, porém estava com outro paciente e tive que ir para outro.

Como imaginei, o corto foi profundo e estava muito inchado. Eu ganhei seis maravilhosos pontos, sem anestesia, e chorei sem vergonha com a dor. Não precisava ser assim. O médico disse alguns cuidados que eu teria que ter, deu várias broncas por eu não ter ido logo e ter corrido o risco de deixar piorar, tipo infeccionar, até soltou que meu pé poderia ter caído, passou um remédio anti-inflamatório e me liberou para ir para casa.

Na segunda-feira, nós teríamos o dia livre para descanso e não teríamos aula, depois de dar um bom banho em Ava, passei a manhã toda caminhando com ela. Não consegui seguir seu ritmo por causa do machucado, mas consegui fazer o passeio tranquilamente. Ava além de esperta era bastante obediente.

À tarde, recebi vovó em casa. Contudo, dona Mercedes não demorou muito. Veio apenas para saber como eu estava e ver o estúdio, porém quando viu meu pé machucado, depois de me encher de bronca por ter chegado tarde demais e por não ter ido logo no hospital, não me deixou leva-la até lá, preferindo ir outro dia. Também conversamos um pouco sobre mim e Lauren, eu lhe contei tudo que aconteceu no passeio da escola, e depois ela foi embora.

À noite, depois de muita insistência, fui para o shopping com Verônica, porém não passamos muito tempo. Eu não deveria nem estar andando para não quebrar os pontos, muito menos batendo perna com ela. Quando voltei, maratonei CSI agarrada com Ava até que minhas pálpebras pesaram demais, eu ainda estava cansada da viagem, e nós fomos dormir.

Na manhã seguinte, terça-feira, fui ao estúdio para ver como tudo estava e levei Shawn, Verônica e Ally comigo para que finalmente conhecesse o lugar. Na volta, paramos para almoçar no shopping e depois voltamos para casa para nos trocar e ir para mais um dia para a pequena prisão, mais conhecida como escola, assim domo Davi nos dizia antes de ter abandonado os estudos no ano passado.

•§•

— Vocês fizeram o relatório de Cowell sobre a excursão? — Ally pergunta preocupada. Tínhamos acabado de terminar as atividades de gramática que Lauren tinha passado e estávamos aproveitando o momento para conversar um pouco, enquanto ela esperava os outros alunos terminarem.

— Não. — Respondemos juntos olhando um para o outro.

— Cowell nem estava lá. — Shawn pontua, dando de ombros.

— Deixa de ser burro. Só porque um professor não estava lá, não quer dizer que não servia para a matéria dele. — Replicou Ally e nós sorriamos da cara de ofendido que ele fez ao ser chamado de burro.

— Com essa eu vou ao banheiro. — Anuncia em um tom baixo, claramente fingindo estar ofendido. Quando se levanta, Ally pega em sua mão e o puxa para si, querendo impedi-lo de sair.

Next to me - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora