Capítulo 11

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Boa leitura e.e

[...]



Assim que o doutor desapareceu no corredor, eu me desesperei. Fiquei sem saber para onde ir, e o que fazer. Nem ao menos perguntei onde ficava o quarto.

Ir ao encontro dela agora, ou não?

Para quem está de fora é fácil decidir. Mas para mim não é nada fácil.

Por quê?

Porque quando eu finalmente entendo que estou amando uma mulher, que é a minha professora, que também é minha amiga, depois de nos beijarmos, e acontecer um acidente desse causado pelo meu querido passado, ela simplesmente se esquece de tudo. "Simples" assim.

Isso é de partir o meu coração. Como eu vou olhar para ela e fingir que nada aconteceu, quando o que eu mais queria era beijá-la mais uma vez?

Depois de algum tempo decidindo se iria ou não, acabei por decidir ir sim.

Andei por ali procurando uma enfermeira para me informar onde fica o quarto, pois nem o médico havia dito, nem eu perguntei.

— Oi... Com licença... — Toquei no ombro de um enfermeiro que conversava com a recepcionista do hospital. — Você pode-me dizer onde é o quarto da paciente Lauren Michelle Jauregui Morgado ?

— A que estava em coma há uma semana? — Assinto com a cabeça. — Pode seguir em frente naquele corredor. — Apontou para o corredor no final da sala de recepção, - o mesmo que o médico que me informou sobre a saúde dela, entrou. — O ultimo quarto à esquerda.

— Obrigada. — Agradeci e sai correndo em direção ao corredor.

Assim que entrei no tal corredor, que tinha mais ou menos uns 10 metros, parei logo no começo, como uma estátua. O nervosismo tomou conta de mim e de meus movimentos. Os sintomas já aparecendo. Suar frio, problemas na fala e respiração, vontade de vomitar.

Ir ou não ir, até lá?

Bem... Eu preciso ir... Em algum momento eu terei que me encontrar com ela.

Respirei fundo e comecei a andar lentamente, passando por cada quarto, apreensiva e com o coração acelerado.

Quando finalmente cheguei a ultima porta, minhas pernas já estavam fracas. Eu queria correr dali, e ao mesmo tempo, entrar e encarar aquele rosto lindo.

Aproximei-me lentamente da porta e engoli seco. Botei a mão na maçaneta e girei lentamente.

Meu nervosismo era tão grande, que deu vontade até de ir ao banheiro.

Empurrei a porta para dentro, bem devagar, e só o necessário para que desse para eu colocar a cabeça dentro do quarto.

Em seguida, meus olhos a capturaram. Deitada na cama, com a bata de hospital, cheia de fios pelos braços e peito, uma faixa na cabeça, com certeza por causa da colisão com o chão que casou o esquecimento, e olhando pela janela distraída com algo.

De onde eu estava, era possível sentir um cheiro doce de maçã. Acho que vinha dela. Acredito que alguma enfermeira tenha dado banho nela, e por coincidência, o que deve ter usado, sabonete ou perfume, não sei, tinha cheiro de maçã.

Meus olhos lacrimejaram no momento que ela começou a virar a cabeça em minha direção. Mas antes mesmo que ela completasse a ação, eu fechei a porta, e sai correndo pelo corredor até dar de cara com Ian e Megan que estavam com expressões de confusão, provavelmente me procurando, na sala de espera.

Next to me - CamrenWhere stories live. Discover now