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• Maria •

Ele está dentro de mim. Consigo sentí-lo por inteiro. Deus, como isso é bom! Não quero que ele pare.

Por favor! Eric! — mexo meu corpo em busca de mais contato

Eu estou todo em você, Maria. Ah! Eu estou. Somente eu. — ele diz de olhos fechados enquanto entra e sai de mim

Por favor... — choramingo

O que você quer? — ele abre os olhos e então eu me afogo em um mar azul acinzentado

Tudo. Tudo...

Abro os olhos.
Meu corpo está quente. Muito quente.
O ambiente está quente.
Minhas coxas estão pressionadas com força e eu sinto, apesar de estar devidamente vestida numa calça, minha intimidade molhada e ardente.
Eric estava nos meus sonhos.
Mais que isso.
Eric está no meu corpo.
Eric está na minha mente.

— Eu estou aqui.

Sua voz grave faz com que eu me assuste e me sente na cama, o procurando com os olhos. Ele estava parado, com os braços para trás, numa distância de duas camas depois.
Franzo o cenho ao reconhecer que estou na enfermaria.

— Você chamou por mim. — ele diz

Sinto meu rosto esquentar e baixo o olhar, rezando internamente para que mais ninguém tenha visto isso.
Na cama à minha direita, Nick, a menina que enfrentou os medos antes de mim, estava apagada.

— Há quanto tempo eu... — ele não deixa que eu termine

— Trinta minutos. Alice foi buscar o aparelho para medir sua pressão.

— Ela está pior que eu, não é? — digo olhando para Nick

— Não sei. Ela não me interessa.

Olho para ele e o vejo se aproximando, ficando no pé da minha cama.

— Eu estou fora? — pergunto receosa

— Não. Muitos têm desses problemas nas primeiras vezes. Em breve você aprenderá a enfrentar seus medos.

— Não sei se, algum dia, deixarei de tê-los.

— Nossa intenção não é extinguir o medo de ninguém. Essa fase do treinamento serve para lembrá-los que vocês podem enfrentar qualquer coisa. Ser corajoso não é não ter medo. Ser corajoso é enfrentar. Nada pode te parar. Nem mesmo seu próprio medo. Isso é armadilha da sua mente.

Abaixo a cabeça e, com a visão periférica, o vejo dar um passo mais próximo, mas ele logo recua, pois Alice entra na enfermaria.

— Ah, ótimo! Você acordou.

Ela parece aliviada com isso e coloca o aparelho de pressão no meu braço, enquanto põe o estetoscópio no ouvido.

— É bom te ver de novo. Quer dizer, não nestas circunstâncias. — digo e ela ri

— É. Esse é o único jeito de nos esbarrarmos, durante esse período de iniciação. — ela rapidamente mede minha pressão e se afasta, tirando o aparelho de mim — Sua pressão arterial está ótima. Sente alguma coisa? Dor de cabeça? Náusea? Algum zumbido no ouvido?

Danificado - Divergent FanfictionWhere stories live. Discover now