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• Eric •

Eu acho que, de todas as minhas maiores raivas, a pior e mais forte de todas é a que eu sinto pelo meu pai. Graças as merdas dele, eu sou o que sou hoje, tão fodido e destruído por dentro. Ele traiu minha mãe da forma mais fria e cruel de todas e, quando ele morreu, eu não fiquei triste e nem senti nada. Foi como se nada tivesse acontecido.

Agora, do lado de fora da cidade onde nasci e cresci, a última coisa que se passaria pela minha cabeça seria encontrá-lo vivo e tão bem disposto. Era como ver um fantasma.

— Isso é impossível. — murmuro sentindo a mão fria de Maria na minha

— Temos muito o que conversar. — John diz me olhando

— Eu posso pedir para que nos deixem à sós, Eric? — o homem negro que logo reconheço como Logan Prince pede olhando para John e depois para mim

— Eu não tenho nada pra falar com você. — rosno encarando John e envolvo Maria nos meus braços, a protegendo — Meu amor, você está bem? — pergunto ao ver o rosto chocado de Maria

— Por favor, me diz que não estou louca. — ela diz com a voz monótona em choque — Ele tá na minha frente, Eric. Depois de todos esses anos.

— Assim como Amah e John, querida. — Logan diz e ergue a mão na direção dela — Por favor, vamos conversar.

Maria se encolhe em meus braços quando o pai estende a mão para ela. Parece com medo de segurar sua mão. Está assustada.

— Eu posso ir com você, se quiser. — me ofereço — Maria?

Ela parece acordar do transe e então olha para John com um olhar avaliativo, depois olha para mim.

— Vocês também precisam conversar. — ela murmura com a voz trêmula

— Eu não tenho nada pra falar com esse homem.

— Eric. — ela segura o meu rosto — Fala com ele.

Em silêncio, eu a solto e observo a mulher que eu amo encarar o pai e seguir caminhando com ele. Ela parece com medo, pois caminha à uma distância de cinco pessoas. Cada um em uma parede do corredor. Eles somem da minha visão e eu sinto a mão do John em meu ombro.

— Tire sua mão de mim. — rosno

— Filho, precisamos conversar.

— Eu não sou o seu filho. — rosno e tiro sua mão de mim — O meu pai morreu há anos. — o encaro

— Não é assim que as coisas funcionam, Eric.

— É assim sim! — digo mais alto — O meu pai morreu no dia em que matou a minha mãe.

— Eu não matei a sua mãe. — ele se defende

— Mas deixou ela morrer! — grito — As noites que ela ficava em claro achando que você estava contribuindo com nossa nação, mas na verdade você estava na cama, fodendo com a Jeanine. Você é um monstro!

— Você não é muito diferente de mim, não é? — ele me acusa — Meu erro foi me deixar levar pela Jeanine, mas o seu foi matar aquelas pessoas a mando dela, enquanto eu tentava controlar ela. Inclusive, se hoje você ama Maria e se está com ela, é graças a mim.

Danificado - Divergent FanfictionTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang