014

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• Eric •

Com a perna enfaixada, graças ao tiro que eu mesmo precisei me dar, após fugir de Quatro e Tris, na enfermaria da Erudição, as imagens do que vivi hoje se repetiam e repetiam. Eu poderia ter ajudado Jeanine assim que ela caiu, mas eu preferi atirar em Drew, pois sabia que ele apertaria o gatilho e mataria Maria.
Maria.
Eu arrisquei tudo por ela.
Ela é minha fraqueza.
Eu não posso ter fraquezas.
Eu não quero ser fraco.
Eu quero ter frieza o suficiente para fazer o que deve ser feito para meu benefício. Não quero ter que pensar no que minhas escolhas causarão à uma outra pessoa.

— Eric. — a voz de Joanne me desperta dos pensamentos. Ela está entrando no local e se colocando ao lado da poltrona em que estou sentado — Você está bem?

— Estou. — murmuro mal humorado — E você?

— Não. Esse azul todo me causa náusea. — ela faz careta — Você deve estar se sentindo em casa.

— Eu sou da Audácia. — respondo curto e grosso e a encaro

— O que aconteceu naquela sala de controle? — Joanne pergunta

Joanne não participou do ataque. Eu a tranquei no meu apartamento e era para Maria estar fazendo companhia a ela.

★★★

Em silêncio, me escondo em um beco do corredor enquanto escuto Tris e Quatro discutindo sobre os testes finais. Franzo o cenho ao ouvir o nome de Maria na conversa.

— Espero muito que ela consiga. — Tris murmura — Ela estava muito instável nos testes.

— Eu nunca te agradeci por ter me ajudado com ela. — Quatro diz — Obrigado, Tris.

— Não agradeça.

★★★

Descobrir que a mulher com quem você está envolvido é divergente minutos antes do teste final é insano demais. Eu fiquei nervoso, eu queria entregá-la para Jeanine, mas invés disso eu apenas a mandei para o meu apartamento. E o que ela fez? Me desobedeceu.
Eu ainda vou enlouquecer por culpa dela.

— Eu atirei no Drew pra salvar a Maria. Quatro atirou na Jeanine e eu aproveitei que ele estava ocupado com os outros pra sair de lá. — conto

— Então ele não atirou em você, como você disse. — ela franze o cenho

— Eu precisava de uma desculpa pra não ser morto.

— Isso é loucura, Eric. — ela respira fundo — Vamos embora daqui.

— Eu não posso.

— Você não deve nada pra esse povo, Eric. — ela me olha séria

— Acho que sei pra onde foram. — digo — Vão te acolher bem.

***

Chovia torrencialmente. Um pesadelo e o barulho de um trovão me fizeram acordar no susto.

— Sh! Está tudo bem, querido. Eu estou aqui.

Sua voz me acalma. Seu cheiro me deixa embriagado.
Maria é como uma droga pesada para mim. Droga que me viciou. A mulher que eu amo.

Danificado - Divergent FanfictionWhere stories live. Discover now