Cp. 1

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Megan

Estávamos nos beijando calorosamente, deitados em minha cama no meu quarto, Noah começa a passar suas mãos quentes por minhas pernas até chegar no meu quadril, colocando-as por baixo da minha blusa regata branca, se posicionou em cima de mim e começou a beijar meu pescoço, descendo para minha barriga fazendo com que eu mordesse lentamente meus lábios e eu fechei os olhos mas não estava me sentindo totalmente entregue para esse momento.

-Acho melhor pararmos por aqui Noah - sugeri ainda com a voz ofegante, mas ele não deu ouvidos e continuou a me beijar, dessa vez com mais ferocidade - NOAH! - Gritei, já o empurrando de cima de mim - Será que não me ouviu? - me sentei na beira da cama ajeitando minha blusa.

- Eu ouvi amor, mas achei que estava gostando.

- Mas eu estava. - confirmei um pouco confusa, e sinto ele vindo por trás de mim tirando meu cabelo da nuca e jogando pra frente.

- Então meu amor... - diz beijando meu pescoço - Não precisa ter medo - acrescentou ainda beijando meu pescoço.

- Mas não estou pronta pra isso Noah, não ainda! Que saco! - digo me levantando da cama e voltando o olhar para ele.

- Afinal, qual o seu problema Megan? - não consigo decifrar seu olhar dessa vez, uma mistura de decepção com fúria talvez. - Estamos juntos a 7 meses, 7 MESES - repetiu - eu tenho te esperado, tenho esperado esse seu "tempo" - diz fazendo aspas com as mãos - e até agora nada desse tempo chegar, não gosta de mim o suficiente?

- Não é isso Noah - digo abaixando a cabeça - Só não estou pronta ainda - digo enquanto coloco meu cabelo atrás da orelha.

- Lá vem você novamente com esse papo de estar pronta - diz revirando os olhos, sentando na beira da cama e começando a calçar seu tênis - Pra mim já deu. - Ele acrescentou.

- Onde vai? - pergunto me posicionando na frente dele, mas ele me ignora - Estou falando com você Noah!!!

- Melhor isso acabar por aqui - ele diz com tom de voz nada abalado.

- Quer dizer que pra namorar com você tem que ter essas condições? Preciso transar com você pra satisfazer a sua vontade? Eu não acredito nisso.

- Não tem que ter condições nenhuma, mas esperei demais, se você gostasse e confiasse em mim de verdade não teria esse medo todo que diz sentir. - diz se levantando da cama e caminhando em direção da porta. Se ele acha que irei me ajoalhar pedindo que ele fique, está enganado, que suma de vez.

- Ótimo! Vai embora mesmo e não volta nunca mais, NUNCA MAIS! - grito antes dele abrir a porta - Se pra namorar com você precisa ter condições como essa, prefiro ficar bem longe de você.

- Você não entende, ainda é uma criança mesmo - fala com tom sarcástico, e sai fechando a porta.

Como ele teve a coragem de dizer isso? Aliás, como eu fui idiota de acreditar que ele gostava de mim? Infantil! Mas quer saber? F
Dane-se! Eu não ligo, tenho mais é que aproveitar minha vida mesmo e não me prender a um homem, homem não! Moleque imaturo!

Penso em ligar para Sofia, mas lembro que é sábado e com certeza ela está na casa do Yuri, seu namorado. Resolvo então sair por aí, troco de roupa, visto uma calça jeans, blusa branca com uma jaqueta preta e bota preta, pego minha bolsa e saio de casa, dirigindo pela cidade sem rumo, meus olhos marejados de lágrimas, embaçava minha visão, eu realmente não me sinto a vontade para perder a virgindade, qual o problema de esperar um pouco mais? Qual o problema de não querer que aconteça agora?

Não sei pra onde estou indo, só estou seguindo dirigindo. Com os olhos embaçado decido estacionar, fico dentro do carro pensando no babaca do Noah, "que ódio", e dou vários socos no volante do carro, mas levanto a cabeça e avisto de longe o prédio da Boate tão falada no qual nunca entrei, Boate Maddox, já que só pode entrar quem fosse de maior.

Mas desço do carro, ninguém vai me impedir de entrar naquele lugar, ainda mais com essa minha cara inchada, quem irá negar? Só quero tentar esquecer essa noite imprestável, esquecer que um dia gostei de Noah.

- RG por favor. - diz um segurança alto negro, charmoso por sinal. Começo a encher os olhos de água, queria ter forçado, mas realmente queria chorar pelo ocorrido.

- Aí moço, eu não acredito que esqueci - digo fingindo procurar o documento na bolsa - parece que o mundo não está a meu favor hoje - e coloco a mão na testa, olhando pra baixo pra dar a entender que estava sofrendo, e estava realmente. - mas olha pra mim, tenho mais de 18 né? Não vai me impedir de entrar né? Eu te imploro - digo em prantos.

- Tudo bem moça, dessa vez vai passar, são quinze dólares. - estendo o dinheiro, pego o troco e entro.

Era grande, com um enorme balcão, mesas com garçons andando para lá e para cá, muitas pessoas dançado, e tinha seguranças espalhados, olho para cima e tinha outro andar, com certeza para os vips.
Me sento em uma das mesinhas de canto, olho no celular e já são 2:48 AM, até um garçom me interromper.

- Deseja alguma coisa? - ele estende um menu. Que coisa chique para uma balada.

- Sim, eu quero uma garrafa de vodka, pura por favor.

- Uma garrafa inteira? - diz não muito acreditado, parecia surpreso.

- Isso. - ele se retira e algum tempo depois volta com a garrafa e um copo em uma bandeja.

- Obrigada.

- Viro o primeiro copo, o segundo, o terceiro... quando me dou por conta já tinha ido metade da garrafa, estava muito tonta, vista embaçando e o local parecia estar com menos pessoas, mas mesmo assim continuo bebendo...

- Hey, moça? - ouço uma voz bem distante, e uma mão no meu ombro, tento abrir os olhos mas não consigo, eles estão pesados e permaneço com eles fechados mesmo - A boate já está fechando - a voz longe continua...

- "Tudo bem, deixe-a comigo." - Ouço de longe outra voz bem mais grossa, mas apago logo em seguida.

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O Homem da Boate. Where stories live. Discover now