Cp. 25

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Já era noite e o silêncio predominante exalava na sala do apartamento. Incrível como o som da Boate não chegava até meus ouvidos.

Jason não deu sinal de vida desde a mudança repentina de humor nessa tarde. Deve estar na boate.

A imagem dele com outras mulheres não saia da minha cabeça. Por que ele tem que invadir meus pensamentos desse jeito? Aposto que ele nem dá a mínima importância para a noite que passamos juntos... Mas também nem deve se importar mesmo, eu não me importo!

Vou até a cozinha vazia pegar um copo d'água. Ainda bem que só faltam dois dias para a volta da minha mãe, conto os segundos para me livrar desse lugar. Me livrar do perfume dele, que perambula nos corredores dessa casa.

Por que simplesmente eu não posso esquecê-lo?

***

- Que saudade meu amor. - diz minha mãe me abraçando - Como se saiu essa semana sem mim? - volta a beijar minhas bochechas.

A ajudo pegando as malas e levando-as até o porta-malas do carro.

- Foi tudo tranquilo mãe. - afirmo tentando parecer o mais normal possível.

Decidi não contar nada do que houve por enquanto. É sábado de manhã, ela havia acabado de chegar, não vou preocupa-la a toa.

Vi Jason a última vez na quinta de manhã e ainda assim por pouco tempo, ele mal me olhou e eu não o incomodei. Depois não o vi mais.

Ele não me procurou e nem eu a ele. Sexta feira fui a agência assinar o contrato do clipe. Amanhã, domingo será a gravação e eu não quero ocupar meus pensamentos com Jason.

Minha mãe no começo não ficou muito contente com a novidade de ter sua filha aos beijos com um homem para quem quiser olhar. Mas depois cedeu ao me ver tão feliz por estar alcançando mais uma etapa do meu sonho.

- Pode abrir a porta mãe? - perguntei pegando as malas no carro. Ela assenti e fuça sua bolsa a procura da chave de casa. Respiro aliviada quando a acha. Como eu disse, não queria incomodá-la com o que aconteceu por enquanto.

Entramos em casa e minha mãe se joga no sofá, rio ao vê-la abraçando uma almofada.

- A senhora está bem cansada, por que não sobe e descansa um pouco? - pergunto puxando as malas para dentro - Depois eu a ajudo com as malas.

- Obrigada filha! Você é meu anjo. - sorrio e ela se levanta para me dar outro beijo na bochecha. - Vou tomar um banho e dormir. - sorrio.

A tarde chegou e minha mãe acorda. Ajudo ela a subir as malas e organizar suas roupas que já trouxera limpas. Ela ficou falando o quão tediosa foram as reuniões mas também afirmou que conheceu muito lugar bonito.

- Estava pensando em sair com o Mark essa noite. - ela diz enquanto coloca as últimas peças de roupa no lugar - Gostaria de ir junto? - completou.

- Eu ir junto? Até parece que não me conhece mãe. - ela sorriu e se voltou para mim com a mão na cintura.

- Eu te conheço muito bem, só pergunto para não se sentir excluída. - fala me encarando.

- Sabe que eu não me importo com isso. Mas você deveria ir sim. - sorrio - Aliás, vocês não se veêm desde que foi viajar.

- Sim, é o que irei fazer. - fala e sai em direção ao banheiro.

Pego meu celular e ligo o Wi-Fi na esperança de receber alguma mensagem, mas nada chega a não ser algumas mensagens de grupos. Suspiro e mando uma mensagem para Sofia.

O Homem da Boate. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora