Cp. 10

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...

- Se segura - ele diz e com certeza vou mesmo. A chuva ficava cada vez mais forte - Vamos ter que parar e esperar a chuva diminuir, pista molhada e moto não combinam. - ele grita e olha de canto para mim, e eu balanço sim com a cabeça.

Ele anda mais uns 100 metros e para em frente a uma espécie de tenda, eu somente o sigo para de baixo dela. O lugar estava completamente deserto.

- Essas coisas só acontecem comigo mesmo. - digo enquanto torço meu cabelo.

- Imaginei que o azar veio de você. - diz enquanto tira sua jaqueta. Será que ele sempre tem que ser sarcástico em tudo que fala?!

- Toma! - Ele estende a jaqueta para mim - É de couro, não molha por dentro, provavelmente ajude a te esquentar. - mas continuo encarando seus braços e seu corpo marcado na regata, o que ele quer com isso? - Mas também se preferir posso vesti-la novamente... - E puxo da mão dele antes que terminasse de falar.

Ele nao tira os olhos de mim, me observa enquanto pego minha blusa para tirá-la.

- Pode se virar por favor? - o encaro enquanto ele ri, mas se vira logo em seguida.

- Tá com vergonha de que? Sabe que suas fotos de biquíni estão estampadas nos comerciais de TV né? Isso pra mim não é nenhuma novidade.

Entao ele me reconheceu pelas fotos de TV?! Eu simplesmente tento ignorar cada palavra que ele fala, nem o respondo para não me estressar, só tiro a blusa encharcada que estava e visto a jaqueta, fechando o zíper.

- Pronto. - digo e ele se vira - a chuva já está parando já.

- Se quiser posso te levar pra minha casa. - sorri malicioso, meu Deus que impertinente.

- Como consegue ser tão depravado? O que te faz pensar que eu irei pra sua casa? - digo irritada.

- Calma beija-flor, não se zangue. Só pensei que sua mãe não iria gostar de te ver chegando com um homem no qual ela não conhece, ofereci minha casa para secar suas roupas, tomar um banho e depois pedir um uber. - até que fazia um pouco de sentido - Não te chamei para ir pra cama, mas também pode ser uma opção.

Reviro os olhos e saio debaixo da tenda antes que ele continue soltando asneira pela boca.

- Fico com a primeira opção mesmo. - E sinto ele andando atrás de mim.

Subimos na moto e deu partida em direção ao seu prédio no qual a música soava muito alta vinda da Boate, mas não parou na frente do prédio e sim entrou pelo lado numa espécie de garagem, onde havia duas motos e três carros, fiquei me perguntando se eram todos dele, o que não é improvável já que é tão rico.

Desço da moto e o sigo em um elevador e antes mesmo de chegar ao andar ele tira sua regata no elevador, desvio o olhar para o outro lado.

Chegamos em seu apartamento, ele abre a porta dando espaço para eu passar.

- O banheiro fica logo ali no corredor na terceira porta a esquerda. - fala enquanto olho sua casa por dentro mas sigo em direção aonde apontou.

Tiro a jaqueta me olhando no enorme espelho que havia no banheiro, meu cabelo estava de dar dó, todo bagunçado.

Tiro também minha calça e roupas íntimas que estava usando e alguém bate na porta.

Me enrolo na toalha e abro, era uma mulher, uma senhora pra ser mais exata.

- Com licença, Jason pediu pra que eu viesse te entregar esse roupão e pegar suas roupas molhadas para eu secar.

- Ah sim, só um minuto. - pego as roupas espalhadas no banheiro e entrego a ela enquanto pego o roupão.

O Homem da Boate. Onde histórias criam vida. Descubra agora