Cp. 17

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Jason narrando.

- Você o merece! - afirmo. - Eu entro aqui, pego ele a segurando a ponto de agredi-la, a defendo, e é isso que ganho como agradecimento?

- Você não entende. - ela diz passando a mão por seus cabelos.

- Não entendo mesmo. Você é uma mal agradecida garota!

- Ah!!! - ela se levanta do sofá e para na minha frente cruzando o braços. - Agora eu que estou errada?

- O que você tem de bonita tem de teimosa. - aproximo-me dela também e a observo revirando os olhos, marrenta.

- E você é um estúpido, sem qualquer consideração por ninguém! - diz alto.

- Da pra falar baixo, eu estou bem aqui na sua frente, não precisa berrar.

- Você quem faz eu ficar assim, fora de mim. - ela diz e respira fundo.

Como pode ser tão linda mesmo assim nervosa?! Fico a olhando e contemplando seu corpo que até algumas horas atrás estava grudado ao meu.

Sua pele macia, seus cabelos que acariciavam meu corpo como pluma. A imagem dela por cima de mim vem em meus pensamentos.

Se existe uma mulher que podia dominar qualquer homem, essa mulher é ela, pode deixar qualquer um em seus pés, menos eu é óbvio. Balanço negativamente a cabeça.

- Eu faço você ficar assim? E isso é bom ou ruim? - dou mais um passo em sua direção, fico tão perto que posso sentir sua respiração ofegante ao me ver tão perto.

- É ruim! - ela diz com a voz fraca. - Você faz meu coração bater mais rápido de nervoso, faz minha cabeça revirar, fez eu me entregar para você sem ao menos te conhecer, eu nem me reconheço quando estou em sua presença.

- Pois eu acho que isso é bom. Adrenalina faz bem para todos. - digo olhando seus olhos verdes que ainda estavam vermelhos pelas lágrimas.

Ela olhava para os lados, para baixo mas nunca em meus olhos.

- Vai ficar parado aqui na minha frente? - ela pergunta.

- Está me expulsando? - pergunto. Ela faz uma cara de tédio.

- Não. Aliás, o que você veio fazer aqui Jason?

Sabe que eu tinha até me esquecido desse detalhe. Sai de casa para tentar amenizar o clima que havia ficado antes dela vim embora, mas com toda confusão acabo me esquecendo.

- Ah, é que você saiu de casa tão brava que não queria que pensasse que apenas a usei e depois a expulsei.

- Mas não foi o que aconteceu? - ela pergunta.

- Não foi bem assim Megan. A gente teve um lance, foi sua primeira vez, queria que fosse bom...

- E foi. - ela me interrompe. - Foi bom, por um momento eu vi um lado seu, o lado carinhoso que não havia mostrado.

Menos mal, pelo menos ela gostou, não queria que sua primeira vez fosse horrível, sei que isso é importante para as mulheres em geral, pelo menos pra maioria.

- Mas logo você voltou a ser o mesmo Jason que conheço, o ignorante, grosseiro, insensível e galinha... - tava estranhando mesmo os elogios.

- Espera ae, também não é assim Megan! - eu que a interrompo dessa vez - Não sou galinha. Sou livre, desimpedido e solteiro. Me desculpe se a fiz pensar que serei seu príncipe encantado, mas não sou esse tipo de homem, não sou o tipo que pensa em namorar, casar e ter filhos. Gosto de viver minha vida, curtir e aproveitar o máximo. - concluo.

O Homem da Boate. Onde histórias criam vida. Descubra agora