Cp. 40

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Megan.

Cheguei em casa cansada depois da semana inteira tirando fotos. Trabalhei para caramba esses dias, o que foi bom, porque estava cheia de fugir das perguntas e dos olhares inquisidores da minha mãe, que queria saber sobre o meu relacionamento (ou melhor, meu não relacionamento) com o Jason. Eu contei a ela meio por cima o que estava acontecendo entre mim e os gêmeos. Só disse que com James seria apenas amizade e que com Jason era um pouco diferente. Ainda não estou preparada para falar sobre isso com ela. Não estou nem preparada para falar sobre isso com ele, merda!

Quando o Gael apareceu para buscar a Sofia que estava em casa, quase me pegou pelo braço e me obrigou a sair com eles, mas recusei e saí de fininho. Recebi uma mensagem do Jason quando estava saindo de casa, dizendo para eu ir na cada dele, respondi que iria assim que possível. Ele mandou outra mensagem dizendo que vinha me buscar mas recusei e decidi pegar um uber. Preciso urgentemente que meu carro fique pronto.

Quando cheguei em seu apartamento, abri a porta que ele avisou que estaria aberta para mim e a tranquei. Tive que parar na frente do sofá porque ouvi música vindo pelo corredor. Não era aquela coisa barulhenta, de romper os tímpanos e dar dor de cabeça que ele costuma ouvir a todo volume, mas um violão suave e a voz mais bonita que eu já tinha ouvido.

Não consegui reconhecer o que era, porque nunca tinha ouvido, mas era uma música sedutora o suficiente para eu jogar minhas coisas no sofá e atravessar o corredor sem pensar duas vezes. Bati na porta do quarto dele, e o som do violão parou, e o Jason disse para eu entrar. Quando fiz isso, fiquei sem ar, e meu coração afundou e voltou. Jason estava sentado no meio da cama, com aquelas pernas compridas esticadas e os tornozelos cruzados.

Sem camisa, o que já era sensual e provocante. Aquelas tatuagens nas costas e no peito parecia ameaçadora atrás do violão que ele estava segurando. Essa visão que me fez recuperar o fôlego e lembrar por que ele põe todas as minhas boas intenções à prova. Estava com a cabeça baixa, rabiscando alguma coisa em um caderno. Tinha um ar desarrumado e sexy. Mas as coisas que estava fazendo com aquele violão, aquela voz dele cantando, me deixaram de perna bamba. Atravessei o quarto meio viajando, sem me dar conta que estava sendo atraída só pelo som da sua voz. Sentei na beirada da cama e fiquei olhando para ele, de olhos arregalados.

O Jason não me deu atenção até terminar o que estava fazendo. Nessa altura, meus olhos já estavam marejados, e senti que ele conseguia tocar a minha alma. Ele se inclinou na minha frente, pôs o violão no chão e guardou o caderno numa gaveta do criado-mudo. Aqueles olhos verdes me observaram em silêncio. Não consegui me controlar. Estiquei o braço e encostei nele. Peguei naquela coxa e me inclinei para gente se olhar nos olhos.

- Por que esconde esse talento todo se sabe cantar desse jeito? - perguntei - Você é incrível. Isso foi tão bonito que amoleceu meu coração, de verdade.

Ele limpou a garganta e mexeu os ombros para cima e para baixo. Estava com muita pele tatuada à mostra. E, apesar de estar acostumada a vê-las, era algo bem impressionante. Uma distração e tanto, e me deu vontade de tocar cada pedacinho. Não sabia para onde olhar, então resolvi olhar para aqueles olhos matadores.

- É só música, Megan. Toda música toca a gente.

- Mas a sua voz é tão bonita. Você podia ser famoso. Muito mesmo.

O Jason pôs os braços atrás da cabeça e se inclinou para trás, contraindo aqueles músculos do abdômen por baixo daquela pele tatuada de um jeito que me deu vontade de babar. Meus dedos estavam coçando de tanta vontade de passar por aquela trilha de pelos fininhos que aparecia por cima daquela calça jeans justa e por aqueles músculos definidos e incríveis escondidos embaixo daquelas tatuagens.

- Não é isso o que eu quero.

Mordi o lábio porque o Jason era muito mais complicado do que eu imaginava. Não imaginava que ele era tão talentoso.

- O que você quer para sua vida a longo prazo, Jason? Aonde quer chegar? Desperdiçar talento desse jeito devia ser considerado crime. - ele deu um sorrisinho de canto que me deixou toda arrepiada.

- Se eu continuar cantando músicas que façam ruivas bonitas baterem na minha porta no meio da noite, já fico feliz. Posso cantar qualquer coisa que você quiser, Megan, se isso a fizer me olhar do jeito que está me olhando agora. - falou chegando perto demais de mim. Esse homem me faz pensar loucuras, faz a Megan má ter vida dentro de mim. Toda vez que estou com ele é algo imprevisível.

Eu sabia que, se deixasse, o Jason me dominaria. Se ele cantar com essa voz linda e tocar violão só para mim com essas mãos cheias de anéis, simplesmente vai me dominar. Ele já estava bem perto, e eu estava fazendo de tudo para ficar longe. Sabia que não tinha espaço para nada disso (aquela voz bonita, aquele cabelo bagunçado ou aquela pele coberta de tatuagens) no meu futuro, mas deixar isso se resolver por conta própria foi me parecendo cada vez melhor.

Subi um pouco a mão pela coxa dele e fiquei observando faíscas verde-escuro saírem daqueles olhos. Esse homem é minha tentação, faz tempo. Tanto a Megan Boa quanto a Má o querem. Ele e só ele. Me inclinei em cima do Jason, e minhas mãos ficaram do lado dos seus quadris. A gente estava se olhando no olho, e as nossas bocas estavam separadas apenas pela nossa respiração. Não tinha nenhum ponto de contato, mas dava para sentir a energia passando da pele dele para minha.

- Por que estou com a impressão que sou sempre eu quem corro atrás de você, Jason? - perguntei, quase sussurrando. Minhas palavras fizeram cócegas na boca dele, que tirou as mãos de trás da cabeça e passou no meu cabelo. Senti aqueles anéis gelados no meu rosto.

- Sei lá, Megan. - eu teria dado uma respostinha inteligente, mas ele estava me puxando e nos virando para eu ficar de costas e ele ficar por cima de mim. Ele então me beijou. Não era para eu ficar chocada, muito menos surpresa. Mas estar deitada só com uma calça fininha me separando dele e de sua ereção impressionante fez nossos beijos anteriores e as noites anteriores parecerem um ensaio para o espetáculo principal.

Antes do Jason, nunca me interessei por garotos cheios de tatuagens. Mas agora quero todas essas coisas, porque fazem dele o que ele é. E isso inclui os desenhos que ele tem pelo corpo e a argola naquele mamilo que estavam roçando no meu peito. Dei sorte de todos esses acessórios virem acompanhados de uma barriga tanquinho, bíceps bem definidos e uma bunda que era melhor na cama do que em qualquer outro lugar.

Não sabia onde pôr as mãos primeiro. Era como ganhar todos os presentes que já quis na vida ao mesmo tempo. O Jason é naturalmente quente e sensual, e fiquei com a impressão de que, se eu não o pegasse todo de uma vez só, ele ia nos derreter com edredom e tudo. Parecia que eu tinha morrido de fome a vida inteira, e o Jason Williams era uma refeição de sete pratos que ia me transformar numa fera gulosa.

Ele estava se saindo muito bem, me fazendo esquecer de todos os meus pensamentos, enchendo minha boca de beijos que envolviam mais mordidas do que estou habituada. Segurou minha cabeça e ficou brincando de pôr e tirar a língua de um jeito que me fez gemer. Meu único recurso foi passar as mãos naquela cintura e enfiar os dedos naquele músculo durinho em cima da sua bunda.

Pressionei tanto que ele levantou a cabeça, e não consegui disfarçar a
pontada de satisfação que me deu quando vi o brilho em seus olhos. A boca estava úmida e, quando ele passou a língua nos lábios, meus joelhos dobraram automaticamente, e a gente se encaixou bem onde devia se encaixar.

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Será que agora eles vão conseguir
Ficar à sós em paz?
Estou amando escrever a história da Megan e do Jason, casal complicado que só complica rsrs.

Beijos, até mais ❤️

O Homem da Boate. Where stories live. Discover now