Capítulo 34 - FINAL

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2 MESES DEPOIS.

Eu ouvi a buzina do lado de fora e minhas mãos gelaram automaticamente. Ajeitei meu vestido e o cardigã comprido antes de olhar para as minhas botas novas de verniz. Minha mãe apareceu na porta e sorriu, me olhando como uma garota da universidade que espera a amiga sair de casa. 

-Acertei nas botas? - perguntou e riu. 

Eu sabia que ela odiava minhas botas favoritas mas eu entendia o presente como uma forma de me fazer mudar a percepção de algumas coisas. Minha mãe conversou comigo e tentou me explicar que dois meses parecia o suficiente para eu entender o que eu queria e o que Harry queria. E aparentemente, a gente ainda queria um ao outro. Isso bastava. 

-Acertou, mas as minhas botas favoritas ainda são as minhas favoritas. 

-Ele também é seu favorito ainda, certo? 

-Você precisa parar de falar essas coisas - brinquei parando na frente dela. 

Mamãe riu e acariciou meu rosto, afirmando. Eu desci as escadas apreensiva e assim que abri a porta, Harry sorriu, apoiando o queixo no vidro aberto pela metade. 

-Olá - disse, sorrindo ainda e eu sorri, me aproximando. 

-Oi - respondi, dando a volta no carro para entrar no lado do passageiro. 

A aquecedor do carro estava leve e eu respirei fundo, sentindo o cheiro forte do perfume de Harry. Ele me olhou, a mão no volante enquanto seus olhos ficavam nos meus. Em algum dia eu me acostumaria com isso? O moletom preto de lã, o cabelo recém cortado e as covinhas no rosto. 

-Podemos ir? 

-Claro. 

Harry dirigiu até o Brewdog, em Camden. Era estranho voltar até o lugar onde ele me enganou para sair comigo pela primeira vez e estar praticamente saindo com ele pela primeira vez novamente, só que dessa vez quero muito estar aqui. Ele jurou que era importante que saíssemos para o almoço e seguíssemos seu planejamento para o dia. 

-Então - eu perguntei abaixando o cardápio enquanto Harry se ajeitava na cadeira à minha frente - Quais são os planos? 

-Ah, fala sério - ele deu de ombros e sorriu, franzindo o nariz - Não vou te falar, não faz sentido.

-O que é que não faz sentido? Não sei nem se estou vestida adequadamente - respondo apoiando o queixo na mão. 

-Sempre está - Harry responde rápido e dá um aceno ao garçom - Já podemos pedir? - eu afirmo enquanto o cara se aproxima. 

-Já estão prontos para pedir? - um tipo de iPod está nas mãos do garçom e ele olha de mim para Harry, que responde:

-Sim, quero a degustação de cervejas e um hambúrguer vegetariano com batatas. 

-Vou querer o mesmo - sorrio e o garoto afirma, se afastando. 

Harry pergunta da minha mãe e do meu pai, tentando tirar minha mente de todos os planos que ele aparentemente fez hoje. Eu entro no jogo dele mas não consigo esquecer a forma como tudo parece planejado para dar certo e unicamente certo. Tenho medo de sair da rota. 

-Tem falado com a Lauren? - pergunto e ele nega, dando de ombros. 

-As coisas estão como estiveram nos últimos anos - responde, me olhando nos olhos - Eu, a minha bateria e uns discos. 

-Isso é ruim? 

-Não exatamente mas ainda há espaço - seus olhos parecem fervilhar nos meus e concordo, sentindo meu rosto ficar vermelho. 

RAY | H.S.Where stories live. Discover now