Better man (L.H.)

16.

*É um capítulo bonitinho, com cenas bonitinhas e que merece vários comentários, ok? Já avisando*

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Maya não demorou a decidir que queria ir embora. Ela sentia que todos no bar sabiam que ela quase beijou seu meio-irmão, e mesmo que isso fosse praticamente impossível, já que eles estavam em uma área isolada do bar, ela se sentia mal. Beth quis ir embora junto apenas para acompanhá-la, mas Maya sabia que ela estava se divertindo, por isso recusou a carona e disse que pegaria um táxi. Se despediu dos meninos, ignorando o olhar que Luke lhe lançou, e então partiu. Estava na calçada esperando um táxi quando Luke parou ao seu lado, cruzando os braços e olhando para o movimento da rua. Ela franziu o cenho e ficou o olhando, mas ele demorou para retribuir o olhar.

- O que? –ele perguntou e ela abriu a boca, ultrajada-

- O que está fazendo? –ela perguntou e ele deu de ombros-

- Vou para casa com você. –ele falou como se fosse óbvio e ela fez uma careta-

- Não preciso de companhia. –ela fala e ele bufa-

- Não estou aqui porque você precisa. –ele rebate-

- Não quero sua companhia. –ela fala e ele sorri debochado-

- Não me importo com o que você quer, Maya. –ele fala e ela balança a cabeça-

- Insuportável. –ela sussurra e finalmente consegue um táxi-

Os dois entram e sentam no banco de trás. Luke diz o endereço e observa Maya se afastar o máximo que pode dele no banco. Ele balança a cabeça, revira os olhos e olha pela janela o movimento da rua. Quando chegam, Luke alcança o dinheiro para o taxista antes que Maya pense e ela o olha zangada antes de descer do carro. Ele ignora seu olhar e a segue. Eles entram na casa escura e silenciosa. Há brinquedos espalhados na sala e na escada, nada fora do normal. Maya sobe as escadas, Luke segue para a cozinha. Ela separa uma roupa e vai tomar um banho rápido. Quando sai do banheiro, vê Luke subindo as escadas. Ele olha para ela, desce seus olhos pelas pernas descobertas e engole em seco. Sobe mais alguns degraus e para, se encostando no corrimão e cruzando os braços. Maya vira o rosto, com todo o seu orgulho e dá as costas para ele, caminhando até seu quarto. Ela entra, fecha a porta e pode finalmente então respirar. É uma mistura de sensações dentro dela e quando seus olhos se fecham e suas costas encostam na porta, ela só consegue pensar em Luke, que é o responsável por essas sensações tão novas dentro dela. Era assustador para ela. Ao mesmo tempo que Luke a fazia sentir raiva, ele a fazia deseja-lo por perto. Ela sentia sua cabeça bagunçada, sua pele arrepiada e aquela ansiedade por ele.

Luke caminhou para o seu quarto sentindo exatamente o mesmo que ela. Porém a diferença era que Luke já era uma bagunça por dentro, e tinha tanto barulho dentro dele que ele não conseguia distinguir com tanta clareza quando Maya. Luke não sabia reagir àquela nova sensação. Ele a queria. Isso era inegável. Queria bater na porta do quarto dela, toma-la nos braços e a beijar. Queria sentir seu toque, a textura da pele, o sabor dos lábios. Luke só pensava nisso. Desde o primeiro beijo, ele só pensava nela.

Se sentou na beirada da cama e observou a parede, confuso com todos os pensamentos que rondavam sua cabeça. Queria ir até ela. Sentia que precisava disso. Precisava sentir de novo o que sentiu aquela vez. Uma batida leve na porta assusta Luke e ele se levanta, com o coração batendo rápido. Abre a porta e dá de cara com uma Maya apreensiva. Ele fica tenso, porque sabe que não vai se controlar dessa vez.

- Você cogitou contar? –ela pergunta baixinho e morde o lábio inferior-

- O que? –ele pergunta e aperta o batente da porta-