78.

758 76 81
                                    

****SURPRESA!!!!!! 

Sim, está acontecendo, eu voltei poucas horas depois! Como eu disse no anterior, já estava em andamento o próximo (que no caso é esse) e como eu terminei de escreve-lo antes do que imaginava, decidi fazer esse agrado, pq vocês merecem. Então, como sou muito legal e generosa, só peço encarecidamente que me ENCHAM de comentário nesse capítulo, porque sinto que nosso Luke merece.**** 


------------------


Luke acordou ouvindo a voz de Lily e de Benjamin. Ele franziu o cenho, demorando alguns segundos para entender que estava na casa da sua avó e que Maya não estava mais ao seu lado. Ele tomou um banho rápido, colocando a mesma calça que usara na noite anterior e colocou uma camiseta que estava guardada em sua cômoda. Tinha planos de conversar com seu pai sobre Vince e o ocorrido da noite anterior, então sabia que o ia seria tenso. Desceu as escadas e se deparou com sua avó sentada no último degrau, olhando para o sofá onde Lily e Benjamin estavam sentados vendo televisão e comendo biscoitos. Ele se aproximou e Margot se virou para ele, evidenciando os olhos vermelhos. Ele franziu o cenho e passou por ela, se virando para olha-la de frente.

- Luke! –Lily chamou antes que ele pudesse perguntar a Margot o que havia acontecido- Mamãe foi lá pegar o bebe no hospital! –ela grita ficando de pé no sofá-

- Ela não foi pegar o bebe, ela vai tira-lo da barriga dela. –Benjamin corrige a menor e Luke arregala os olhos-

- Karen entrou em trabalho de parto? –ele pergunta para Margot que assente, parecendo desolada- O que há, vó? Ela passou mal? –ele pergunta e se agacha para ficar da altura dela sentada-

- Não, ela... –Margot hesita e passa a mão pelo rosto de Luke- Luke... –ela murmura perdida e Luke beija a mão dela antes de se erguer-

- Eu vou correr para lá. –ele fala e manda um beijo para as crianças antes de pegar a chave do carro e abrir a porta da casa- Qualquer coisa eu te aviso, vó. –ele fala e sai apressado até o carro, antes que Margot possa dizer alguma coisa-

Ela cobre o rosto com as mãos e fecha os olhos, tentando conter o nervosismo e a frustração por não ter tido coragem de dizer a Luke sobre Maya. Stefan foi rápido em entregar as crianças para ela e quando Margot o abraçou para o acalmar, pensando que era sobre o bebe, ele treme em seu abraço e sussurra a frase que Margot nunca esqueceria: "Machucaram a Maya, e é grave".

- Está tudo bem, vovó? –Ben pergunta do sofá e ela olha para ele, forçando um sorriso-

- Sim. –ela se levanta- Querem um pouquinho de leite para acompanhar os biscoitos? –ela pergunta e segue para a cozinha quando os dois confiram-

No caminho para o hospital Luke liga seu celular que acabou ficando no carro. Há inúmeras mensagens de Ashton e dos outros meninos ainda de madrugada falando sobre Vince e a briga. Ele volta a desligar a tela e pensa em Maya. Ela deve ter ido trabalhar bem cedo e não quis acorda-lo. Seu coração está tão acelerado de ansiedade pelo bebe que ele não pensa muito nisso. Sabe que vai encontrá-la no hospital, de qualquer forma.

Quando chega no hospital e desce do carro, uma sensação estranha lhe toma. Sente que as coisas estão acontecendo rápido e junto. A descoberta de Vince, a briga feia no bar, Maya dormindo em seus braços, e então Karen prestes a ter o bebe.

Ele entra no hospital ao mesmo tempo que seu celular toca no bolso da calça. Ele pega, lê o nome do seu pai e atende prontamente.

- Oi, pai. Fiquei sabendo da Karen, já estou no hospital. Onde vocês estão? –ele pergunta-

- Luke, filho, eu preciso que venha para o primeiro andar, na sala de espera. –ele fala com a voz rouca e diferente do que Luke é acostumado-

- Está tudo bem com ela? –ele pergunta preocupado pelo tom do pai-

- Preciso que venha logo, filho. –ele fala e Luke segue para dentro do hospital-

Assim que chega no lugar que seu pai indicou, ele sente que já algo a mais do que lhe foi dito. Algo pela forma que Lola chora alto nos braços de uma Lauren que também está chorando. Na forma que Simon está encostado na parede, branco como um papel. Luke não entende, e se aproxima de Stefan que está sentado mais afastado, com os cotovelos apoiados nos joelhos e o rosto entre as mãos.

- O que aconteceu? –Luke pergunta e Stefan se levanta na mesma hora- É a Karen? Ela tá bem? –ele pergunta quando o pai permanece em silencio-

Ele olha em volta, desde Simon encostado na parede, Lola chorando com Lauren, e vê Becca conversando com duas pessoas que estão mais afastadas. Ele se inclina e congela ao se deparar com Ashton e Beth. Ele se aproxima, caminhando devagar ao ver com clareza Ashton com os olhos inchados e Beth ao seu lado soluçando. Luke perde a respiração, tentando encaixar peças soltas em sua cabeça.

- Cadê a Maya? –ele pergunta para seu pai, vendo o momento que Beth se levanta ao vê-lo e Luke pode ver o vestido do uniforme da lanchonete coberto de sangue. Ele sente o ar trancar em seu pulmão, seu coração parar de bater e seu cérebro girar dentro da cabeça, deixando-o tonto- Cadê. A. Maya? –ele pergunta pausadamente e vê Beth se curvar para a frente, chorando de uma forma desoladora-

- Maya foi encontrada na lanchonete com um tiro na barriga. –Stefan falou atrás de Luke enquanto ele ainda olhava o sangue na roupa de Beth- Ela estava desacordada, perdeu muito sangue, ela está... –ele respira fundo- Está sendo operada. –ele sussurra, mas não tem certeza de Luke ouviu-

Ele permanece olhando Beth que se abraça, deixando a mostra para Luke o sangue seco em seus braços. Ela está uma bagunça desesperadora.

Ele inclina a cabeça para o lado, sentindo o chão girar nos seus pés. Seu cenho se franze enquanto ele espera o momento que vai acordar de um pesadelo, ofegante em sua cama. Porque só pode ser um sonho. Ele dormiu nervoso por causa de Vince. Ele só pode estar tendo um pesadelo.

Mas o sangue na roupa de Beth é real demais. A dor nos olhos de Ashton é real demais. Simon congelado na parede, Lola chorando alto. Tudo é real demais.

- Não. –ele murmura com a voz tensa, dando um passo para trás-

- Luke. –Stefan chama e Luke balança a cabeça-

- Não. –ele repete dando mais alguns passos para trás-

- Ela está lutando, filho. –Stefan murmura e toca o ombro do filho- Sei que são amigos, Luke. Sei que está doendo. Ela vai sair dessa. –ele diz com a voz firme e Luke se desvencilha do pai-

- Amigos? –ele pergunta parecendo furioso e passa as mãos pelos cabelos, agoniado- Amigos? –ele solta uma risada debochada e rude, se afastando, com os olhos se enchendo de lágrimas e o rosto ficando vermelho- Eu sou apaixonado por ela, porra! Como você nunca conseguiu ver isso? Como não conseguiu notar que eu a amo? Eu sou louco por ela! Sou completamente maluco por ela! –ele grita parecendo entrar em puro desespero, com as mãos pressionando a nuca, procurando equilíbrio enquanto sente tudo girar-

- Luke... –Stefan parece em choque, tentando se aproximar, mas Luke não deixa-

- Não! –ele o corta, sentindo todas as sensações ao mesmo tempo e parecendo prestes a entrar em colapso- Isso não tá acontecendo. –ele sussurra e olha em volta, vendo todos da sua família olharem para ele em choque-

- Filho, me escuta. –Stefan pede e Luke se aproxima dele-

- Eu não posso, entende? –ele murmura para o pai parecendo um menino perdido, passando as mãos tremulas pelo rosto molhado de lágrimas- Não posso perde-la. Não posso, pai. –ele soluça, desesperado e Stefan abraça seu corpo tremulo, sentindo Luke se agarrar nele com força e desespero- Não posso perde-la. –ele sussurra repetidas vezes enquanto Stefan o ampara-

E foi ali naquele corredor que as cartas foram postas na mesa e a verdade finalmente veio à tona. Foi no meio daquela família que antes era desajustada e separada que Luke declarou seu amor por Maya. Claro que as circunstancias podiam ser diferentes, mas estava ali. O amor dele. Em meio a dor absoluta, mas estava ali. Só restava pedir para que não fosse tarde demais.


*****

Better man (L.H.)Where stories live. Discover now