Chapter V

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Três anos atrás

Quando cheguei em casa fiquei até às 4hrs da manhã conversando com a Catarina sobre eu e a Júlia e tudo o que havia acontecido antes de voltar pra festa. Ela estava feliz por mim e como ela disse, já estava shippando, eu ri muito disso. Depois de muita conversa ela me convenceu a convidar a Júlia pra vir na minha casa conversar já que meus pais não estariam. Ela ainda não respondeu – até porque tá muito tarde – mas já estou muito animada.

Acordei e peguei o celular pra ver se tinha a resposta, e na mesma hora abri um sorriso.

Morena gostosa:

Meu pai tá trabalhando e minha mãe saiu com meu irmão, se quiser vir aqui será melhor.
09:50

Me levantei e fui até o banheiro escovar os dentes, estava tão animada que me arrumei em 10 minutos e logo desci as escadas correndo, agradeci mentalmente pelos meus pais não estarem em casa já que teria que dizer até o número da casa na qual iria. Olho pro relógio e vejo que é melhor almoçar antes de ir já que acordei 13hrs.

Após almoçar e escovar os dentes de novo, lá estava eu gritando seu nome na frente de sua casa, assim que a vi abrir o portão meu coração começou a bater muito forte, meu Deus, vou ter um treco na frente dessa mulher. Ela estava usando um shorts preto bem colado ao corpo e uma regata da sua banda favorita — que era Simple Plan — branca com uma gola V, seu cabelo estava solto como sempre.

— Oi Cams, entra — disse sorrindo e me deu passagem pra entrar.

— Oi morena gostosa — a vi rir e logo entrei.

Quando vi que já havia fechado o portão a puxei pela cintura e a beijei, ô mulher que beija bem viu.

— Nossa, pelo visto alguém estava com saudades — disse tentando se recompor.

— Cê não faz ideia — rimos.

Ela saiu na frente me guiando pela casa até chegarmos em seu quarto, a mão chega a tremer só de pensar em fazer algo além de beijar. Não que eu fosse expert nisso, nunca tinha transado com uma garota e não arriscava pensar que seria ótima sendo que no máximo tinha assistido pornôs do gênero.

— Você está bem? — me olhou confusa — tá aí parada na porta e nem responde o que digo.

— Desculpa, minha mente viajou um pouco — sorri sem graça.

— Não precisa viajar pensando nisso, vem e me beija — sorri sacana e caminhei até ela.

Quando fui beijá-la, ela me empurrou até a cama me fazendo ficar sentada, subiu no meu colo e começou a me beijar colocando a mão em minha nuca. Ela não estava querendo isso, estava? Dane-se, agora que tinha me provocado queria muito isso. Coloquei a mão em sua bunda e a puxei pra mais perto, que deu um gemido de aprovação — ah mulher, para de me provocar — tentei inverter a posição a deitando na cama, parei o beijo e comecei a beijar seu pescoço, desci a mão até seu peito e comecei a massageá-lo. Tirei sua camisa e o sutiã pra que pudesse a tocar melhor; comecei a beijar seu seio direito e massagear o esquerdo, dei uma leve mordidinha em seu mamilo e a escutei soltar um gemido baixo, até os gemidos dela eram gostosos, desci beijando sua barriga e quando fui desabotoar seu shorts, ela disse:

— Para — me sentei na cama um pouco confusa.

— O que houve?

Ela parecia tentar achar as palavras certas pra dizer algo, e eu estava ficando mais preocupada achando que havia feito algo errado até que ela me olhou rápido e disse:

— Eu estou naqueles dias...— disse em tom baixo claramente sem graça e eu tive que rir.

— Eu sinceramente não me importo — ela me olhou indignada.

— Eu me importo e não quero que minha primeira vez seja assim — ela se sentou na cama e cobriu os seios com as mãos.

Uau, ela também nunca tinha transado com alguem, não vou mentir que isso me deixou menos insegurança.

— Okay, mas não precisa cobrir o peito, fiz mais do que ver eles — rimos juntas.

— Idiota — revira os olhos e tira as mãos de cima — quero saber mais de você.

— Claro, mas será difícil me concentrar com seus peitos de fora — fiquei os encarando.

— Talvez eu queira que me aprecie — me deu um selinho rápido — eu começo, como você estuda com o Vinicius creio que tenha 16 anos, certo?

— Sim, tenho 16, você tem...?

— 15 — fiquei surpresa porque realmente não parecia — quando percebeu que gostava de garotas?

— Eu tinha 12 anos quando beijei um garoto pela primeira vez porque meus amigos me forçaram e aí eu percebi que não era por acaso eu olhar diferente e pensar em garotas de um jeito diferente, mas é foda porquê meus pais são evangélicos e acho que nunca me aceitariam — suspirei frustrada — e você? Quando percebeu que gostava de garotas?

— Tinha 13 anos e minha prima me beijou, só que ela fez isso pra provar pra todo mundo que eu era sapatão — a vi mudar sua expressão de raiva para uma acolhedora — sinto muito pelos seus pais, espero que eles vejam que te amam acima de qualquer religião — ela deu um sorriso doce, como é linda.

— Obrigada — sorri — e foi por causa desse lance da sua prima que começaram os rumores e vocês tiveram que se mudar? — ela assentiu — escrota do caralho, posso quebrar ela na porrada?

— Pode — ela riu — mas acho que iria preferir ficar aqui me dando muitos e muitos beijos.

— Não precisa falar duas vezes — quando vou me aproximar ela me impede.

— Esqueci de fazer uma pergunta importante — me olha séria — qual é o seu signo?

— Sério isso? — ri e ela continuou séria — você parece a Bruna com esses papos, mas ok, sou de sagitário e você louca dos signos?

— Eu tô fodida por ter uma queda por alguém do seu signo — sorri orgulhosa, ela disse que tinha uma queda por mim porra!! — sou de peixes.

— Fodida tá eu que tô louca pra beijar e tu não deixa — ela ri e me puxa pra um beijo.

Ficamos assim o dia inteiro, nos conhecendo mais, nos beijando muito e com mãos bobas até que meu celular começou a tocar pela quarta vez.

— Pera um pouco — falei parando de chupar seus seios e a deixando visivelmente frustrada — Fala Pedro.

— Mano, acabei de transar com a Bruna — disse todo animado.

— Pelo amor de Deus cara, tu me liga pra isso? — disse brava — depois vou aí e a gente conversa, tô meio ocupada agora — desliguei a ligação na cara dele.

Quando voltei a atenção pra Júlia, ela disse:

— Acho melhor você ir, já já meus pais chegam e seu amigo precisa de você — levantou procurando o sutiã.

— Precisa não, não me mande embora por causa do porra do Pedro — a abracei por trás e beijei seu ombro.

— Você tem que ir — disse se virando pra mim — outro dia a gente continua.

A senti me puxar pra um beijo encostando seus seios em mim, meu Deus a calcinha chega a cair de tanta umidade. Depois de me beijar e se vestir ela me levou até o portão e se despediu apenas com um sorriso, queria muito poder beijá-la na frente de todo mundo.

Ah Pedro, você me paga.






Oi gente, tudo bom? Espero que estejam gostando do livro e se estiver votem, comentem e compartilhem o livro porque a divulgação está bem difícil e estou cogitando excluir a história. Obrigada por tudo.

The One That Got AwayTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang