Chapter XXX

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Gente, pergunta importante no final da história. Boa leitura.

×××

Sorrio ao ouvir Carlos rindo do outro lado, não costumo fazer essas coisas até porque nunca tive nada sério com alguém depois da Júlia então não o julgo por achar estranho.

— Tá querendo sair da greve? — franzo as sobrancelhas.

— Como você sabe? — entorto a boca — a fofoqueira da Catarina quem te contou?

— Claro que não — ele diz rindo — vocês falam alto demais.

Caminho até a escada e sento na mesma olhando para a rua.

— Tá, só faz o favor de reservar uma ótima mesa no restaurante que você trabalha? — sorrio boba — tenho planos incríveis.

— Olha a Camille — diz cantarolando — pode deixar linda, vai amar a mesa que vou arrumar pra vocês.

Fico feliz em ouvir aquilo logo lhe informando o horário da reserva. Para fazer a surpresa precisarei da Catarina para me ajudar, na verdade só a chamarei pra ir pois faz tempo que não damos um rolê juntinhas. Pego o celular e digito a mensagem.

Camille Vieira:

Oi deusa do Egito, bora dar um pião no shopping?
11:20

Poucos minutos depois chega a mensagem.

Bo-Cat:

Finalmente lembrou de mim! Tô indo aí.
11:22

Subo correndo pela escada para buscar tudo o que precisaria como dinheiro, documento e afins. Quando estou amarrando o cabelo em um rabo de cavalo escuto Catarina chamando, abro o portão e a abraço forte.

— Não aperta tanto que eu tô enjoada — a solto — e então excelentíssima, tá felizinha hoje — sorrio tímida — parece que alguém saiu da greve ontem a noite.

— Nem fala em sexo que faz dias que eu não sei o que é isso — sentamos no sofá — você acredita que ela me provocou e não terminou o serviço?

Catarina ri da minha cara e começa a falar sobre a gravidez. Neste meio tempo que eu estava fora ela teve sua primeira consulta na qual foi revelado que já estava com três semanas de gravidez e mesmo que ela não quisesse demonstrar estava óbvio que se sentia muito ansiosa e feliz com tudo aquilo. Acho que tenta esconder tais sentimentos por medo de transparecer irresponsabilidade por ter engravidado cedo mesmo com ninguém julgando ela. Ninguém além de sua mãe. A mãe dela simplesmente disse que ela teria que sair de casa pois ela não ajudaria a criar um neto, ridículo.

Depois de um tempo colocando a conversa em dia saímos a caminho do shopping. Como fomos de ônibus, Catarina ficou enjoada o caminho inteiro fazendo me perguntar se foi realmente uma boa ideia trazê-la. Entramos no shopping e ela vai direto pro banheiro vomitar.

— Então — começa enquanto lavava a boca — pra que viemos aqui? — seca as mãos.

— Eu quero fazer uma surpresinha pra Júlia — ela se vira e sorri maliciosa — não é sexo — ela levanta uma sobrancelha e cruza os braços — acaba em sexo mas não é só isso.

— E o que seria? — pergunta enquanto saímos do banheiro.

— Primeiro eu vou comprar um vestido lindo pra ela usar no jantar que teremos no restaurante que o Carlos trabalha — ela sorri animada.

— Isso é tão fofo e romântico — ela põe a mão encima do peito — queria que o Vini fizesse isso mas agora tudo o que ele faz é ficar falando do bebê.

The One That Got AwayWhere stories live. Discover now