Eu estava brava, muito brava, tão brava que eu estava a ponto de largar ela ali e sair andando. Olho pra Júlia e ela está cabisbaixa com lágrimas nos olhos encarando o anel. Não creio que ela quer me deixar mais uma vez.
— Eu não pedi que me desse esse anel — ela diz com voz de choro — se quiser eu te devolvo agora mesmo.
Meu coração já estava quebrado e com ela dizendo isso foi como se passassem com um rolo compressor encima dos cacos que estavam no chão. Não, ela estava certa em voltar, ela entrou numa faculdade pública e maravilhosa para realizar seus sonhos e não seria eu quem tiraria isso dela.
Suspiro e pego em sua mão que estava encima da mesa a fazendo me olhar, beijo a mesma e digo:
— Volta pro Rio — falo baixinho — o tempo já me mostrou que serei sua mesmo você estando longe.
— Eu não quero te deixar amor, eu só — ela fecha os olhos e respira fundo — eu só quero terminar esse curso que eu tanto lutei pra conseguir.
— E eu te apoio — aperto sua mão mostrando firmeza — eu não vou te impedir de seguir seus sonhos e muito menos irei te pedir pra largar eles pra ficar comigo.
Ela sorri fraco e bebe um gole do vinho que estava em sua taça. Não estou bem com isso, não posso pedir que ela jogue tudo pro alto mas também não posso deixar tudo o que tenho e amo aqui, parece que voltamos a estaca zero.
O resto do jantar foi só ladeira abaixo, ficamos em um silêncio desconfortável e piorava quando uma de nós tentava puxar assunto. Quando chegou a sobremesa percebi o quão animada estava Júlia por ter tiramissu, ela havia comido poucas vezes na vida e sempre procurava mas nem sempre os restaurantes serviam o bolo. Roubo uma colherada e ela me olha brava, logo pego outra e ela me ameaça.
— Se você pegar mais uma vez do meu bolo, Camille, eu juro que... — a interrompo pegando mais um pedaço — é isto, eu quero o divórcio.
Ela solta a colher no prato fazendo barulho e cruza os braços fazendo bico como se fosse uma menininha. Sorrio com isso e falo debochando:
— Nem nos casamos ainda pra você pedir o divórcio — ela rouba uma colherada da minha panna cotta — Ei! Não vale, tem pouco — digo indignada a fazendo rir.
— Dói quando o jogo vira, né amor? — ela sorri maldosa.
Inclino meu corpo levemente para a frente com um olhar malicioso.
— Vou amar me vingar na cama — sorrio e continuo comendo minha sobremesa.
Após ficar um bom tempo irritando a Júlia tentando roubar seu bolo, terminamos de comer e pedimos a conta, algo que não foi nada barato mas como eu queria que fosse especial estava ótimo. Chamei o táxi e fomos pra casa no mesmo amor que estávamos antes de chegar ao restaurante.
Entramos em casa e depois de trancar a porta não pensei duas vezes em prensar a Júlia na parede beijando seu pescoço enquanto suas mãos estavam em minha nuca e sua boca aberta demonstrando prazer. A puxo subindo rápido a escada, tranco a porta do quarto para que de manhã minha mãe não nos veja nua e logo volto minha atenção pra Júlia beijando a mesma intensamente ao mesmo tempo que caminhava a empurrando levemente para a cama. Já deitada puxo seu vestido a deixando apenas de calcinha rendada, algo que ela só usava quando estava planejando transar.
— Então eu ia sair da greve hoje? — ela sorri sapeca como resposta.
Tiro sua calcinha e começo a chupar seu lábio interno arrancando gemidos dela, penetro dois dedos fazendo movimentos rápidos e levo minha língua para seu clitóris intercalando entre chupar e fazer movimentos circulares no mesmo. Sinto Júlia contrair a entrada de sua vagina e sair um líquido da mesma, chupo meus dedos e começo a tirar minha roupa para ficar mais confortável.
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The One That Got Away
RomanceCamille era uma adolescente que duvidava da sua orientação sexual, na verdade ela sempre gostou de garotas mas tinha medo de assumir para todos e até mesmo pra sí. Até conhecer Júlia, uma garota que balançou seu mundo de uma maneira que ninguém ente...