Empire • BTS

♕ A Mugunghwa do Libertino • 6 ♕

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Clã Kim

O herdeiro mais novo, Taehyung

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A Mugunghwa do Libertino

Capítulo 6

Por _meninadojardim

CAVALGANDO LADO A LADO, as trotadas de nossos alazões sobre a terra solta eram as únicas companhias para os meus devaneios martirizantes. Durante todo o caminho de volta ao palácio, eu morri pelas minhas próprias mãos centenas de vezes, desejando poder reverter todo o caos que causei.

Jung-Kook, cego pela posição almejada por seu coração, não se dobrou às minhas súplicas nem sequer por um instante, honrando a postura de guarda real enquanto mantinha-se dentre Jimin e eu durante a cavalgada.

Jimin, por outro lado, não conseguia esconder o quanto estava desolado e ferido, suspirando e resmungando lamúrias sempre que podia, castigando de forma inconsciente o meu peito cheio de remorso.

Hwa-Young, depois de insistir, incontáveis vezes, que jamais abandonaria o irmão em tais condições e que, se preciso fosse, viria agarrada ao rabo de um dos cavalos, conseguiu a proeza de nos acompanhar até o veredito, dividindo a cela com o irmão.

Todos parecíamos igualmente envoltos em nossas bolhas de injúrias, deixando que o vento em nossos rostos tentasse levar embora as faíscas que não se continham em nossos cérebros.

Meu peito estava tão apertado quanto minhas mãos em volta das rédeas do Conquistador, mas eu agarrava-me ao fio de esperança que poderia fazer tudo se resolver em um piscar de olhos: Jin hyung.

Bastaria que eu me prostrasse em sua frente e, de joelhos, implorasse por uma conversa justa e derradeira. Então, como sempre acontecia, ele me ouviria e ficaria do meu lado, libertando Jimin e Hwa-Young sem maiores escândalos.

Porém, quando adentramos o Pavilhão Sajeongjeon sob a luz do luar, e avistamos a expressão fulminante no rosto de Jin hyung, dei-me conta de que o trajeto torturante até ali tinha sido, sem dúvidas, a parte mais fácil do processo.

✿

Deitado em minha cama, esperando que a noite nunca cedesse lugar ao dia, eu sentia todo o cansaço corroer minhas entranhas, mas não conseguia fechar os olhos para dormir.

Não sabia se ficava triste ou feliz por ter conseguido adiar o julgamento do meu melhor amigo para quando o sol levasse embora todas as armadilhas mentais da escuridão. Mas estava decidido a traçar um plano para mudar seu destino. Mesmo sendo um dos nobres, percebi que de nada minha vontade valeria se eu não conseguisse me mostrar respeitável.

Eu queria que ele não estivesse passando por isso, queria que nada disso estivesse acontecendo, eu...

– Preciso de ar fresco. – Concluí, sentindo-me sufocar, erguendo-me da cama e desvencilhando-me de meus lençóis.

O palácio exalava um ar totalmente diferente de quando suas paredes e corredores estavam banhados pelo brilho da manhã. Apesar de imenso, era solitário, nada muito distinto de como eu me sentia por dentro.