Empire • BTS

♕ A Mugunghwa do Libertino • 10 ♕

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Clã Kim

O herdeiro mais novo, Taehyung

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A Mugunghwa do Libertino

Capítulo Final

Por _meninadojardim

Algumas horas atrás

ESFREGUEI OS OLHOS, tentando disfarçar o meu desconforto em não poder dar meia volta daquele lugar e ir embora. Tudo o que eu via ao redor me indicava que eu havia caído em uma cilada, e uma cilada das grandes.

– Não quer se sentar, Alteza? – A voz feminina preencheu o pequeno ambiente, iluminado por velas.

Passei a mão nos cabelos e arqueei uma das sobrancelhas, intrigado.

– Então foi você quem me mandou esse bilhete? – Desamassei o pedaço de papel de modo que ela conseguisse acompanhar os meus movimentos, limpando a garganta antes de continuar. – Gostaria de saber sobre o que se trata.

Além do homem enorme que estava vigiando a porta, notei que havia mais três encapuzados espalhados pelos cantos do local. Desejei conseguir enxergar no escuro, só para ter certeza de que os reconheceria, mas a espada imponente de um deles era inconfundível aos meus olhos. Decidi-me por manter a postura confiante, eu não tinha mais como fugir, então, iria ouvir tudo até o final.

– Você é o irmão mais próximo do príncipe Seokjin. – A mulher retirou o capuz da cabeça e sorriu para mim, mesmo que seus olhos estivessem tristes. – Eu sei que está se perguntando o porquê de você estar aqui, e essa é a resposta. – Seus dedos finos começaram a passear pelos botões espalhados por seu corpo.

Por que ela está me olhando desse jeito?

– Perdão, princesa Yena – curvei-me em sua frente rapidamente depois de limpar a garganta de forma ruidosa –, mas acho que ainda não compreendi.

Lembro-me muito bem de tê-la achado dona de uma beleza impressionante assim que meus olhos pousaram sobre ela pela primeira vez, entretanto, antes mesmo daquele momento, o desejo pelo proibido já havia abandonado as minhas veias.

Ela se aproximou de mim a passos lentos e, sob uma das luzes bruxuleantes de uma vela, fitou os meus olhos. Fiquei meio desnorteado quando senti sua mão pousar de maneira suave sobre o meu peito, deslizando até a minha nuca. Yena subiu nas postas dos pés e encarou os meus lábios entreabertos.

Aigoo, não pode ser!

– Opa, opa, opa, espera um pouco aí. – Afastei-a pelos ombros, tentando ao máximo ser delicado, notando que as sombras encapuzadas fizeram menção de hastearem suas espadas em minha direção. – Com todo o respeito, princesa, o que pensa que está fazendo?

Yena puxou o tecido comprido da capa sobre o corpo, abraçando-o com veemência, enquanto apertava os olhos e desviava o rosto para o chão. Parecia ter se dado conta do que estava fazendo somente naquele instante, ficando envergonhada. A mulher confiante que há alguns segundos tentou me beijar, não existia mais.

Eu sabia que era uma cilada das grandes, constatei, suspirando.

Olhei ao redor e percebi que as sombras voltaram a se acalmar. Yena estava chorando, um choro sofrido e copioso, causando um buraco no meu cérebro.