♕ A Mugunghwa do Libertino • 8 ♕

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Clã Kim

O herdeiro mais novo, Taehyung

A Mugunghwa do Libertino

Capítulo 8

Por _meninadojardim



A SILHUETA FEMININA endireitou-se na frente da luz da lua, jogando os sapatos pequenos em algum canto que eu não saberia dizer, já que estava ocupado demais sendo hipnotizado por seus movimentos delicados ao mover-se em minha direção.

Levantei-me de um salto e passei as mãos nos olhos, tentando recuperar a lucidez.

Não funcionou, porque quando tornei a enxergar, a mulher estava a um passo de distância do meu rosto. Não consegui analisar sua expressão, mas tinha plena consciência de que ela poderia descrever com riqueza de detalhes cada uma das minhas.

O que está acontecendo? Será que enlouqueci?

Hwa-Young... – minha voz saiu rouca e surpresa.

Ela pousou uma das mãos sobre o meu peito arfante, fazendo-me desistir de qualquer questionamento que estava rondando os meus pensamentos, formigando em meus lábios entreabertos.

– Você vive repetindo que quer reparar o mal que me causou. – Sua doce voz soou baixinha pelo ambiente. – Mas não pode.

Prendi a respiração por um segundo, estagnando por completo, sem forças para tentar pensar além do que conseguia ouvir de sua boca. Ela estava perfumada, com sua essência inconfundível de flores inebriando a minha alma.

– A vontade de beijá-lo está me fazendo esquecer o que eu vim fazer aqui. – Hwa-Young confessou, baixando os olhos até a sua mão, que permanecia no mesmo lugar de antes, em contato com o meu corpo.

– Está me dando permissão para tocá-la? – A noite pareceu silenciar-se ainda mais com a minha pergunta inesperada.

Hwa-Young deslizou a mão do meu peito até a minha nuca, brincando carinhosamente com os fios daquela região. Puxou meu rosto para perto do seu e encostou as nossas testas, soltando um suspiro pesado, como se estivesse se libertando de dolorosas correntes. Sua outra mão ergueu-se até o meu rosto, permitindo que seu polegar acariciasse com suavidade o meu lábio inferior.

Eu sentia que estava louco, só podia estar.

Meus braços continuaram estendidos, parados, ao lado do meu corpo, talvez conscientes de que, se eu começasse a tocá-la, seria condenado à morte.

– Não podemos... – choraminguei, lutando contra todos os meus desejos.

Uma lufada de ar frio entrou pela janela aberta e agitou as cortinas.

– Você nunca precisou de permissão para me tocar, príncipe fajuto. – A voz dela estava calma, nada condizente com a confusão dentro de mim. – Vê-lo roubar as minhas flores sempre me tirou o sono, mas, vê-lo roubar o meu coração... está me tirando a sanidade.

Ainda com relutância, elevei minhas mãos até os seus cabelos ondulados, macios e cheirosos, mas me contive antes de conseguir concretizar o ato. Um sorriso idiota estava surgindo em meus lábios com o pensamento de que ela também me queria. Entretanto, havia um muro gigantesco dentre nós, mesmo que ela estivesse a apenas um toque de distância dos meus dedos.

Empire • BTSWhere stories live. Discover now