Empire • BTS

♕ Sob as sombras de Gyeongbokgung • 7 ♕

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Clã Kim

O segundo na linha de sucessão ao trono, Namjoon

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Sob as sombras de Gyeongbokgung

Capítulo 7

Por MinSue91

"DESCONFIE DAS SOMBRAS."

Havia tido uma reunião com Hwang e outros ministros próximos, ele estava mais simpático que o comum e fez questão de deixar claro seu não-lamento ao recente falecimento do ancião Han. Contudo, outras palavras tomaram minha mente enquanto assuntos muito mais pertinentes eram discutidos naquela mesa, meus pensamentos vagavam pelas palavras de Yena, ela comparou-me a pequena e frágil flor que agora escondia dentre as páginas antigas de um livro qualquer que trazia a mão, não havia nenhum interesse de minha parte naquelas páginas, mas me era completamente significativo manter aquela flor por perto, senti-me diferente, de nenhum modo ofendido ou decrescido, apenas diferente, o suficiente para pedir licença aos nobres presentes e retornar aos meus aposentos.

Solicitei um banho, não me era concebível permitir que coisas tão supérfluas me prendessem de tal maneira, tinha responsabilidades, seria um dia cheio. O rei adoeceu, o casamento de Taehyung fora adiantado assim como o de Seokjin, e conversas sussurradas prenunciava que logo meu nome seria adicionado à lista pré-nupcial.

O que eu não contava adicionar a estranheza de minha rotina corrompida era o surgimento de um pequeno manuscrito, deixado cuidadosamente sobre a capa do livro que trouxe ao meu quarto protegendo as pétalas azuis da flor de Yena. "Desconfie das sombras." Era tudo o que dizia. Corri os olhos por todo cômodo, as janelas estavam fechadas e havia guardas em todos os seus limites. Não conheço ninguém suficientemente hábil para ousar adentrar em meus aposentos desta maneira e a luz do dia, bem, talvez conheça, mas ele não agiria dessa forma, e essas palavras são tão superficiais que não posso afirmar se tratasse de um aviso, ou de uma ameaça.

Dispenso a exigência de meu traje e então parto com a capa de meu hanbok parcialmente aberta, raras foram as vezes em que me permiti ser visto desta forma tão provinciana, atravessando os corredores e salões do palácio distante de qualquer graça ou altivez.

O sol ainda está alto, os dizeres daquele pequeno bilhete misturaram-se ao emaranhado de pensamentos recorrentes em minha cabeça. Gostaria de um tempo sozinho embora certamente não o consiga, e tenho absoluta certeza do fato quando reparo em um dos servos do Ministro Hwang se aproximando.

– Mama, meu senhor solicita uma hora de seu precioso tempo.

Permito a aproximação do ministro e dos servos que sempre o circundam, mas dispenso a simpatia exagerada com que normalmente o recebo.

– Não me parece bem, mama, há algo que o aflija? Vejo que nem faz uso de seu traje formal. – Hwang pergunta com o sorriso costumeiro, entretanto há algo diferente em seu tom mas não tenho tempo de sondá-lo, a voz de Taehyung poupa-me de qualquer resposta.

– Hyung! – chega a meu lado, lançando o braço em meus ombros. – Ministro Hwang. – curva-se em cumprimento.

– Meu jovem senhor, soube que vosso matrimônio ocorrerá na próxima lua crescente.

– Sim, a exatas duas semanas. Sou um homem abençoado.

– Então, mama, poderíamos nos retirar por um momento? – Hwang abandona o sorriso quase enojado e volta-se para mim ignorando meu jovem irmão, ele não está satisfeito com o casamento, não aprova de nenhuma maneira a união de classes e ainda sim mantém uma feição falsamente exultante.