Sem Promessas

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Pov Severo Snape

Me encontrava em meus aposentados sentado em frente a lareira olhando o fogo queimar enquanto bebia uma garrafa de whisky de fogo, a bebida descia quente por minha garganta e me aquecia por dentro. Estava bebendo para me impedir de ir atrás de uma certa moça de olhos violeta que povoava meus sonhos, quando um pergaminho entrou voando por meu quarto e parou bem na minha frente. Olhei curioso, isso só poderia ser coisa de Dumbledore. Peguei o pequeno pedaço de pergaminho e abri para ler.

"Severo,

Preciso de você hoje as onze horas na sala precisa. Por favor não falte é imprescindível que esteja presente.

Alvo Dumbledore."

Olhei o relógio e eram dez e meia. O que Alvo queria na sala precisa? seria o objeto que os comensais estavam interessados? Bom se eu queria saber teria que ir ao encontro de Alvo. Tomei uma poção para evitar qualquer sintoma dos copos de whisky que bebi e saí em direção a sala precisa. Cheguei ao meu destino no horário marcado mas Alvo ainda não se encontrava no local então aguardei. Isso era muito incomum o que era tão urgente que não poderia esperar até amanhã para verificar essa sala. Alvo estava demorando e ele nunca se atrasava, comecei a achar que talvez ele estivesse com algum problema e decidi ir a seu encontro. Mas antes de dar o primeiro passo vi a porta da sala se abrir e para minha grande surpresa não era Alvo que adentrava o recinto, e sim uma jovem de cabelos castanhos claros e olhos violeta. Ela parecia tão surpresa quanto eu, então sua voz chegou aos meus ouvidos.

- O que o senhor está fazendo aqui professor Snape?

- Eu lhe faço a mesma pergunta senhorita Green.

Por um momento ela ficou sem reação, olhou em volta várias vezes e então falou.

- Onde está Dumbledore?

Então entendi o que estava acontecendo. Alvo, aquele velho alcoviteiro, estava se metendo onde não foi chamado.

- Devo presumir que o diretor marcou com a senhorita aqui as onze horas também?

Vi quando a compreensão a atingiu, Hannah respirou fundo talvez para se acalmar.

- Bom, já que o diretor marcou esse encontro apenas para se meter na vida dos outros, eu vou embora.

Hannah se dirigiu a porta mais a mesma não se encontrava mais no lugar, e vi seu desespero em tentar encontrar uma saída deste lugar. Estávamos presos juntos totalmente a sós em uma sala sem portas, parece que a sala precisa estava achando que o que mais precisavamos agora era ficar juntos para resolvermos nossos problemas.

Hannah me olhou me indagando silenciosamente sobre a falta de uma porta.

- A sala nos dá o que mais precisamos no momento.

Foi a explicação que lhe dei e esperei que ela entendesse o motivo da falta da porta.

- Só que o que mais preciso agora é de uma porta para ir para bem longe do senhor professor.

Eu também não queria estar aqui, mais a sua enorme indignação por estar perto de mim já estava começando a me ofender. 

- Seria tão doloroso assim passar mais do que meia hora em minha companhia senhorita Green?

- Você não sabe o quão doloroso tem sido.

Hannah olhava para seus próprios pés e falou tão baixo que quase não consegui ouvir. Então eu soube o que tinha que fazer.

- Me perdoe Hannah.

A princípio ela não falou nada e  achei que ela iria me ignorar, então ouvi um soluço baixo e percebi que ela estava chorando, em meu peito meu coração se apertou, não queria magoar Hannah ainda mais. Andei a seu encontro e a abracei a princípio foi um abraço sem jeito e meio sem graça, mais quando ela enterrou o rosto em meu peito e me abraçou pela cintura como se eu fosse o seu porto seguro, puxei-a para mim em um abraço apertado.

Um amor de outro mundo - Snape (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora