Um amor de outro mundo - Snape (COMPLETO)

O começo do fim - Parte 1

Pov Hannah Green

Os humanos dizem que a sua vida passa em frente aos seus olhos nos últimos minutos antes de sua existência terrena acabar. 

Não acreditava nisso até agora, mas quando eu olhei para o homem que duelava de forma magnífica a minha frente, eu me lembrei da primeira vez que eu o vi entrando na sala do diretor com a cara fechada e o ar arrogante e então eu compreendi o que os humanos queriam dizer.

E como se várias imagens estivessem passando em câmera lenta em uma tela em branco eu vi sua longa capa esvoaçar quando ele me deixou no salão da Soncerina em meu primeiro dia em Hogwarts e depois nosso primeiro beijo em sua sala de poções, nossa primeira noite juntos e o café da manhã que ele me trouxe na manhã seguinte. Severo me salvando quando eu me feri, nosso Natal juntos e o presente que ele fez pra mim, nossas visitas ao nosso jardim e por último eu vi o momento em que ele falou me amar.

Para minha grande surpresa todas aquelas imagens me trouxeram paz e senti uma alegria que não condizia com o momento em que me encontrava, então eu soube que eu sempre estive fadada a esse momento. 

Mesmo depois de tudo, eu não mudaria nada, eu faria tudo outra vez, por ele, por Severo o único homem que eu vou amar.

Nossos olhos se encontraram em meio aquele caus e eu tinha que me despedir antes que fosse tarde eu tinha que lhe dizer uma última vez, pois ele tinha que saber que eu o amava profundamente.

Seus olhos estavam parados em mim então eu movi  minha boca o mais lentamente possível para que ele pudesse ler meus lábios.

- Eu te amo. Amo muito, meu príncipe.

Vi em seus olhos quando a compreensão do que estava pra acontecer o abateu, então eu vi o medo e a negação e por fim o desespero mas já era tarde eu já me sentia sendo puxada para o fim. E a última coisa que eu vi foram seus lindos olhos de ônix enquanto ele ficava cada vez mais distante de mim.

( Duas horas antes )

Pov Severo Snape

A nova caverna em que entramos era enorme, não era como as outras que eram obras da natureza. Essa parecia mais um templo, era toda em pedra trabalhada, havia inúmeras colunas que subiam por muitos metros acima de nossa cabeça elas tinham inscrições gravadas na escrita enoquiana. Eu sabia disso pois percebi que Hannah estava conseguindo ler.

O local parecia abandonado e tinha uma atmosfera pesada, como se alí só residice sofrimento e dor.

Hannah estava anormalmente quieta, ela não me encarava e não falava comigo e eu sabia que ela estava pensando nas palavras que eu lhe falei enquanto estávamos na gruta.

Parei em sua frente forçando também a sua parada.

- Hannah, olhe pra mim.

Relutantemente ela levantou o rosto e nossos olhos a encontraram.

- Eu quero que saiba que não digo que amo alguém atoa. Por isso quando eu disse que amo você, espero que acredite que é verdade.

- Eu acredito. É também te amo. Só que me machucou ouvir, mesmo sabendo que não era você.

- Me desculpa meu anjo. Desculpa por te machucar.

- Não era você.

Naquele momento eu senti a necessidade de tela em meus braços por isso a abracei forte.