O Passado sempre volta

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Pov Hannah Green.

Ano 998 d.C - sétimo céu, lar dos angelicais.

- Guardiã, Miguel regressou e aguarda a porta.

Ouvi a voz do anjo a minhas costas mas não me virei para encara-lo, estava para tomar a maior decisão de minha longa existência e isso poderia me custar muito caro. Mais depois do que ocorreu ontem não posso ficar parada.

- Peça para o Arcanjo entrar.

Ainda segurava a tábua firmemente em minhas mãos quando ouvi Miguel adentrar o recinto, então me virei para encarar o maior dos generais dos exercícios celestiais. Sua presença era imponente e ele andava como se todos os outros seres tivessem que lhe dar passagem, suas feições eram bem marcadas e seu belo rosto era emoldurada por uma cortina de cabelos loiros, seus olhos azuis emanava determinação, seu corpo era grande e poderoso pois ele era um guerreiro e como todos os Arcanjos ele não possuía asas.

- Queria me ver Guardiã?

- Sim Miguel, preciso dos seus serviços. Sei que está a par dos acontecimentos.  -  vi seu rosto adquirir uma expressão de repúdio.

- Sim, senhora. Eu mesmo conduzi a expulsão dos traidores, quiz eu pessoalmente arrancar as asas de seu líder.  -  Suspirei fundo era extremamente doloroso ouvir isso, um dos meus irmãos mais próximo um traidor.

- Muito bem Arcanjo, sua lealdade a seus irmãos não me passou despercebido. Por este motivo tenho uma tarefa de grande importância para você, e muito sigilosa também.

- O que me pedir irmã, eu o farei.

- Você sabe que ontem um Querubim tentou se apoderar das tábuas angelicais, por este motivo eu percebi que não é prudente deixá-las juntas, isso só facilitaria para os rebeldes. Por isso estarei dando uma das três tábuas a você Miguel, para que esconda em um lugar seguro entre os seres da criação.

Miguel me olhava impassível e por um momento pensei que ele não me ajudaria.

- Uma decisão prudente irmã. Mais será que a terra é o lugar apropriado para se esconder uma tábua com tanto poder? Não acho que la exista um local seguro insuficiente para isso.

- Sei que saberá escolher tal lugar. Sabe irmão, nunca desci a terra, minhas obrigações como guardiã  não me permitem fazê-lo, mas sei que você está sempre percorrendo a criação, por isso confio a ti essa tarefa.

- Muito bem, acho que sei onde posso guardar a tábua, a um descendente de nefilins que mostra muito poder, ele e outros acabaram de abrir uma escola de magia para ensinar jovens assim como eles.

- Um descendente de nefilins? Não são esses que se auto denominam bruxos?

- Sim irmã, e este em específico tem um poder extraordinário, seu castelo é tão bem protegido que nenhum caído ou demônio conseguiria entrar.

- Muito interessante, como se chama tal bruxo?

- Salazar Sonserina, ele se orgulha de ter nosso sangue puro em suas veias.

- Muito bem Arcanjo tome a tábua e procure o bruxo chamado Salazar Sonserina e juntos escondam o objeto no local mais protegido possível.

Estendi a tábua para Miguel que a pegou com firmeza. Então me fazendo uma breve reverência virou de costas e partiu. Não poderia deixar que isso se repetisse pela terceira vez, a primeira revolta nos custou a terça parte dos anjos e agora a segunda foi arquitetada por um Querubim, um dos guardiões. Nunca imaginei meu querido irmão Gadrel se juntando aos caídos. Foi extremamente doloroso acusa-lo diante da alta cúpula fazendo assim que fosse sentenciado a cair. Como um Querubim, assim como eu, Gadrel prezava muito por suas asas, mas tentar se apoderar das tábuas para fins destrutivos era um erro punível com a pior das desonras, a retirada de suas asas.

Um amor de outro mundo - Snape (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora