The Julieta Theorem

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Detroit, Michigan.

POINT OF VIEW JUSTIN BIEBER

Entrelacei minhas mãos na sua. Julieta sorria olhando a paisagem através dos vidros do carro. Fazia alguns minutos que ela saiu do Hospital, recuperada, mesmo que ainda tomasse remédios para a sua pneumonia ou tivesse que limpar os machucados. Ela estava linda e radiante.

Ninguém, nunca mais, tiraria esse brilho dela.

— Nem acredito que vou dizer isso, mas... Estou louca para ir para escola. – Ri. — Isso vai passar depois de algumas semanas de aula.

— Eu sinto, ás vezes, falta de ir para escola.

— Você fazia parte de algum clube ou time? – Ela virou-se para mim.

— Eu era do time de futebol e do clube de xadrez. – Julieta entreabriu a boca, sem acreditar. — Pois é, mas quando me envolvi no crime fui expulso dos dois. Não fui à minha formatura, nem ganhei bolsa para a faculdade.

— Sinto muito.

— Eu não queria ir para faculdade, não depois de experimentar aquele mundo. Festas, garotas, rachas, diversão, grana fácil. – Balancei a cabeça. — Eu deveria ter parado enquanto pude.

— As coisas acontecem como devem acontecer, Justin. Se isso era o seu destino, então aconteceria de qualquer jeito.

— Tem um lado bom, se eu tivesse sido o garoto normal, não teria conhecido você. – Beijei as costas da sua mão.

— O ano está quase acabando...

— Ainda faltam suas férias, não falta tanto tempo assim.

— Tenho que dar meu máximo nas atividades extracurriculares se eu quiser entrar na faculdade.

Remexi-me, inquieto, com o fato de que alguns meses teríamos que tomar a grande decisão. Eu sabia que não me separaria de Julieta, daríamos um jeito.

— Já sabe para qual?

— Por enquanto apenas Denver, Flórida, Harvard e Yale. – Murmurou receosa. — Estou bem dividida em qual fazer, mas...

— Por que tudo tão longe uma da outra?

— Eu estava comentando sobre medicina com a minha mãe e ela falou com um amigo de Harvard, eles disseram que seria um prazer. Só... Tem você, eu não quero ir para lá sem você.

— Vamos... – Soltei um suspiro. — Vamos dar um jeito nisso.

Sorriu de canto.

Cada um ficava em um canto dos Estados Unidos, basicamente. Eu sabia que Julieta tinha um futuro promissor, ela era uma das melhores alunas da escola, com todas as notas A+, além de ser exemplar. Eu queria acreditar que daríamos um jeito nisso, contudo, jamais estragaria seu futuro brilhante por causa de um fracasso como eu. Entretanto, daríamos um jeito. Tinha que ter um jeito.

Quando estacionei na frente da minha casa, ajudei-a a descer.

— Você vai ficar na sua casa ou na minha?

Ela olhou para o outro lado da rua.

— Você vai ficar comigo deitado?

— Infelizmente não, tenho algumas coisas para responder. Mas de noite, talvez.

— Vou para minha casa.

Nós nos despedimos, abracei-a que passou seus braços finos ao meu redor e beijei seus lábios. Eu não forçava a barra, pelo fato de respeitar o seu espaço e seu tempo, ela tinha muitas coisas para resolver e só iriamos fundo nisso, se estivesse preparada. Eu amava a sua boca e como tínhamos química. Precisávamos e necessitávamos um do outro. Sentia isso quando meus pulmões imploraram por ar e mesmo assim não quis soltar, queria aproveitar cada segundo dela e aproveitar cada momento em que a sua língua se envolvia comigo.

Abstinence | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora