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Detroit, Michigan.

POINT OF VIEW JUSTIN DREW BIEBER

— Droga! – Murmurei quando olhei para trás e a o uniforme de Julieta estava com uma grande mancha vermelha de sangue, seu rosto tinha pequenas gotículas de suor em seu rosto, minha esposa chorava enquanto estava encolhida contra o banco.

— Justin...

— O hospital está longe, querida. Aguente firme!

— Eu não vou aguentar mais, só... Me ajuda. – Assenti e virei o volante, dirigindo mais alguns quilômetros e estaciono em frente á um motel. Deixo Julieta no carro e faço o registro, pagando o homem. Abro a porta do veículo e retiro a minha mulher, pegando-a no colo. Julieta me abraçou fortemente, chorando contra minha camiseta e abri a porta do quarto, deitando-a na cama. Deixei o carro nos fundos do Motel e entrei no quarto, fechando a porta e através da persiana, vi duas SUV’s de West procurar por nós.

— O que eu faço?

— Precisa fazer com que... – Respirou fundo. — o sangramento pare. Procure por muitas toalhas e água quente.

— Ok. – Minhas mãos estavam trêmulas quando comecei a procurar pelas coisas. Não poderia decepcionar Julieta nesse momento. Apenas a ideia de perder os filhos que ainda nem vi, fez com o que meu coração doesse ao ponto de chegar ser uma dor física. Eram meus filhos, meus herdeiros. Seriam tão lindos quanto Julieta. Provavelmente carregariam seus olhos azuis ou seriam tão dóceis quanto ela. Não importava, portanto que viessem com saúde. Ela estava me dando o melhor presente que um homem poderia ter. Eu sabia que havia a magoado, contudo não poderia feri-la com isso.

Eu faria o que estivesse ao meu alcance para não perder meus filhos.

Abri os armários e retirei as toalhas, deixei sobre a cama e ajeitei o travesseiro, arrumando Julieta sobre a cama. Eu ajudei ela a tirar seu uniforme e apenas a cobri com o lençol. Pedi para o homem da recepção trazer uma bacia de água quente, alguns minutos depois ele bateu na porta e franziu o cenho ao ver Julieta, mas não falou nada. Molhei algumas toalhas com água quente, passando entre as pernas de Julieta e por mais que aquilo fosse estranho, eu precisava ser forte por ela.

Utilizei várias toalhas, molhando na água quente e limpando o sangue. Julieta fechou seus olhos, tentando manter a calma e respirava profundamente, soltando com lentidão. Eu sabia que ela estava tentando ser corajosa, por mais que seus olhos estivessem inundados de lágrimas.

— Confie em mim. Não vou deixar com que perca os nossos filhos, entendeu? – Segurei sua mão e ela apertou com força, assentindo. — Respira fundo.

— Eu confio em você.

— Então mantenha a calma. Por eles. – Concordou e peguei outra toalha, umedecendo seu busto e seu rosto.

Continuei a ajudando, o máximo que podia. Julieta, depois de algum tempo, passou a manter a calma e o seu sangramento não estava tão forte como antes o que me fez respirar de alivio. Duas horas depois, fui até a janela para ver se nenhum homem de West estava por perto e não havia qualquer sinal dele. Julieta havia pegado no sono e a deixei descansando, quando mandei uma mensagem para Chaz pegar uma roupa minha e comprar alguma para Julieta. Era madrugada quando vi seu carro estacionando na frente do Motel e fechei a porta, deixando minha mulher descansando.

— O que houve? – Entregou a mochila.

— Julieta quase perdeu os bebês.

— Bebês?

— Sim. – Sorri. — Sairei pela manhã, ela precisa descansar. Assim que passar para Detroit, quero segurança total para ela e iremos ao hospital.

Abstinence | CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora