The Law

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Los Angeles, Califórnia.

Três anos após a prisão de Julieta.

POINT OF VIEW JUSTIN BIEBER

— A sua ideia de solta-la era fazer com que a minha mulher assumisse por um crime que não cometeu? – Rosnei, brincando com a faca entre os meus dedos.

— N-Não...

— Então está me chamando de mentiroso? – Balançou a cabeça, tremendo.

— Não, Senhor Bieber!

— Eu estou te pagando para tirá-la da prisão e não coloca-la ainda mais ali dentro! – Gritei, de raiva.

— Me perdoe!

— Perdão? – Gargalhei. — Quem perdoa é Deus, Sr. Anderson.

Aproximei-me dele, sentindo o cheiro do seu medo. As gotículas de suor acumulavam-se em sua testa, escorrendo até o seu pescoço, ele parecia pálido demais para alguém com saúde. Segurei minha arma, destravando-a e isso o fez fechar os olhos, respirando ofegante.

— Julieta já era para estar solta, na verdade, ela nunca deveria ter entrado lá. E cada ano que a minha mulher passou lá dentro, é cada tiro que eu vou dar em você. – Sorri.

Apertei o gatilho, a bala acertou em seu peito. Depois apertei novamente e de novo. A Última perfurou sua cabeça, ajustando-se em seu cérebro e olhei o sangue do advogado escorrer. Larguei minha arma na mesa de madeira, abrindo a cartela de cigarros e tirando um maço, colocando entre os meus lábios e acendendo.

Fiz sinal para um dos seguranças retirarem o corpo do Senhor Anderson e dobrei as mangas da minha blusa social, enquanto subia as escadas para ir ao meu escritório. Entrei no local e tranquei a porta, sentando-me na poltrona e liguei meu computador, observando pela milésima vez as câmeras de segurança na noite em que Aaron Hill foi morto.

Pausei o momento em que eu e Julieta saíamos abraçados da festa, ela ria de algo e olhava para mim. A saudade era tanta que toda vez que eu olhava alguma imagem sua, meu peito inflava. Tudo parecia parar ao meu redor, mas tudo dentro de mim parecia ligar. Em algumas horas, cerca de uma meia, outra mulher com o mesmo vestido saia apressada da festa junto de outros convidados, quando os disparos acontecerem minutos atrás.

Soprei a fumaça para longe.

A primeira prova.

Salvei as imagens, guardando em meu computador. Peguei meu celular e minha arma, abrindo a gaveta da minha mesa e retirando o embrulho com papel decorado. Sai do escritório, desci as escadas e passei pelas portas do casarão. Não deu muitos minutos quando cheguei em minha casa, vendo a mesma decorada e sorri ao ver Tristan brincando com algumas crianças que eu nem sabia o nome. Deixei o presente junto com os outros e o peguei no colo, abraçando fortemente.

— Feliz aniversário, amor! – Beijei suas bochechas rosadas. — Está gostando do seu aniversário?

Assentiu.

— É o melhor dia da minha vida! – Ele disse, com uma voz adorável.

— Fico feliz, filho. É tudo para você. Aproveite, ok? – Concordou, me abraçando antes de solta-lo.

Soltei um suspiro pesado, caminhando para o jardim e sentando-se na mesma mesa em que minha mãe estava, ela sorriu revelando algumas rugas no canto dos olhos e segurou minha mão por cima da mesa.

— Estou orgulhosa de você.

— Por quê?

— É o melhor pai que ele poderia ter. – Neguei. — É sim!

Abstinence | CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now