Dilapidate

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Detroit, Michigan.

POINT OF VIEW JUSTIN DREW BIEBER

Tudo parou no momento em que ela entrou naquele carro. Mesmo que eu gritasse o seu nome, ela não olhou para trás e nem poderia, quando seus olhos estavam inundados de lágrimas. Corri, pegando a chave do meu carro, mesmo que Ryan tentasse me impedir.

— ELA PRECISA DE MIM!

— A ÚNICA COISA QUE ELA NÃO PRECISA É DE VOCÊ AGORA, JUSTIN! – O empurrei para longe, entrando no carro e dei partida, saindo cantando pneu pela mesma rua que ela havia ido aos últimos minutos. Estava escuro, nenhum sinal dela por qualquer canto. Isso estava me deixando aflito, não deveria ter deixado-a ir naquela situação.

Eu nunca poderia me perdoar por ter a ferido novamente, justamente no dia que deveria o mais feliz das nossas vidas. Sabia que Kayla aprontaria algo, só não imaginava que seria no meu casamento. Soquei o volante com força, com raiva, minhas veias queimando de ódio e a minha única vontade era matar aquela vadia. Eu faria Kayla pagar por todas as lágrimas que fez a minha mulher derramar.

Dirigi ainda mais, pela noite, vendo o sol nascer e nada de encontrar Julieta. Ela precisava de mim, eu sabia que sim. Não poderia deixa-la sozinha nesse mundo. Quando era cerca de oito da matina, parei na linha que dizia “Você está saindo de Detroit”. Respirando fundo, me sentindo sem chão. Nunca me perdoaria por magoar Julieta mais uma vez, mas faria de tudo para que ela pudesse me perdoar. De novo. Eu não sabia até quando o seu coração suportaria mais destroços, contudo uniria cada pedaço do meu para reconstruir o seu. Julieta era tudo para mim.

Eu mato e morro por ela.

Limpo uma lágrima escorre, engolindo á seco e dou partida, virando o volante e voltando para Detroit. Mandei uma mensagem para Ryan, ordenando que não deixasse Kayla sair de perto dele. Eu acabaria com aquela mulher de uma vez por todas.

“Estamos no galpão, ela está aqui”. – RB.

Mudei a marcha, pisando fundo no acelerador e cantando pneu. Dirigindo até o galpão, demorando alguns minutos antes de estaciona-lo de qualquer jeito na frente e bater a porta do carro com força, caminhando em passos pesados e entro, vendo alguns homens me encararem. O suor escorria pelo canto da minha testa, eu me sentia mais ligado do que qualquer outro dia usando LSD. Entrei na sala de tortura, vendo Kayla amordaçada e assim que me vê, seus olhos arregalam-se e marejam.

— Você vai pagar caro, Kayla. – Retiro meu paletó, deixando de lado. Arranco a mordaça de seus lábios.

— J-Justin... Perdoe-me.

— Todos os dias, Kayla, todos os dias eu vou voltar aqui e te fazer gritar. – Agarrei sua mandíbula, apertando com força. — Até o dia em que encontrar a minha mulher, você vai sentir dor. A mesma dor que a minha garota sentiu, você vai sentir... Mas pior.

— W-West me mandou...

— E você como a boa cadela obedeceu, que lindo. – Ri e larguei sua mandíbula. — Julieta está a solto, por aí, por que decidiu destruir o dia mais importante de nossas vidas. O que achou que ganharia com isso? Fama? Pois eu vou te dar a morte, Kayla.

Brinquei com a faca entre os meus dedos, acertando em sua coxa direita e ouço o grito aguda de Kayla invadir o galpão.

— Minha mulher já foi torturada, sabia? – Segurei nos braços da cadeira, ficando cara a cara, ela evitava me encarar e chorava de dor, pousei minha mão sobre a faca em sua pele, afundando ainda mais. — Deram tantos choques em seu corpo que ela teve uma convulsão, e sabe de algo? Eu vou fazer o mesmo com você.

Abstinence | CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now