blue diary | nomin

32

— Jaemin, você já está pronto? — o chinês perguntou avistando seu amigo na frente do espelho. Jaemin sorriu esborrifando seu perfume favorito no pescoço, este que fazia o mesmo se apaixonar por seu próprio cheiro — Uau, você está lindo...

Chenle estava com seus cabelos loiros. Como promessa recém criada pelo grupo de amigos, pintariam seus cabelos quando tivesse um evento especial. Como exemplo, a festa de dezoito de Donghyuck.

Jaemin estaria com seus cabelos alaranjados, isso o deixava com um ar mais bobo, embora belo como sempre. Ele vestia uma calça jeans preta, junto com uma camiseta larga verde escura. Seu cabelo destacava tudo em sua vestimenta. Jaemin estava um verdadeiro pecado.

— Pronto. — arrumou sua franja e foi caminhando até o mesmo garoto ali na porta. Chenle ao sentir daquele seu perfume suave, sorriu admirado — Vamos?

— Vamos. — puxou o mesmo pela mão e desceram as escadas indo avisar os pais do mais velho que sairiam. 

— Estamos indo! — mandou um beijo para a mãe e um breve tchau para o pai sentado no sofá.

— Quero você em casa antes das três! — a mulher morena sorridente teria dito, fingindo uma expressão brava para o filho. Doce.

[...]

Tudo estava explendido. As luzes piscando e a música tocando no fundo de diversos tipos de conversas ao mesmo tempo.

Tudo muito bem organizado e limpo. O bar cheio de adolescentes, por parte maioria de maior. Os de menor acompanhados, convenciam os adultos para ir em uma ala reservada do ambiente. Tudo estava como Haechan imaginou. 

— Vamos ver uma mesa pra nos sentarmos! — puxou a mão do garoto de cabelos alaranjados, levando-o para qualquer mesa do redor — Não acredito que ele conseguiu mesmo um bar. — riu desacreditado, se sentando nas cadeiras junto com Jaemin.

— Pensou que ele iria desconsiderar aquela ideia só porque estávamos bêbados? Haechan lembra das coisas. 

— Eu sei lá! — tirou o celular do bolso e pões por cima da mesa — Tem vezes que vale a pena duvidar um pouco — deu de ombros.

O garoto de cabelos laranjas sorriu simplista enquanto olhava em volta, secretamente procurando Jeno. Pensava que poderia ser estranho para ele essa vontade repentina de conversar, contudo não via a hora de acabar com aquela palhaçada toda que teriam arrumado.

— Tô começando a me sentir ansioso e agoniado na barriga... — respirou fundo, olhando para o amigo com atenção.

— Relaxa! Logo isso tudo vai acabar! Pensa pelo lado por também: o seu cabelo está muito bonito. — ele sorriu e pediu permissão para registrar uma foto do amigo ao outro lado da mesa.

Jaemin consentiu e logo a fotografia foi capturada.

— Difícil essa vida de boyfriend material com crise de ansiedade. — revirou os olhos em deboche.

— Você não é material boyfriend. — o garoto diria olhando para ele com uma leve cara de desgosto.

— Calada, sururu. — franziu o cenho indignado, sorrindo com os lábios.

[...]

— Renjun, o que devo fazer exatamente se você ficar muito bêbado? — sorriu largo e receoso, ajustando a alça da mochila discreta que carregava nas costas; observando o garoto revirar os olhos sorridente assim que abriram as portas do bar.

— Eu não bebo! Fica tranquilo. — fez um beicinho bobo tirando um riso espontâneo.

Jeno se tornou em pouco tempo uma das amizades mais verdadeiras que Renjun já teve. Ele gostava disso. Gostava de ter alguém ali ao seu lado para lhe fazer rir e poder ajudar.

O coreano olhava em volta, procurando um lugar para onde poderem se sentar e aguardar enquanto a festa não começava de verdade; e claro, aos seus olhos caírem sobre Jaemin, se espantou em notar os cabelos laranja vivo em uma mesa mais aprofundada no estabelecimento. Aquilo poderia fazer suas bochechas esquentaram.

— Vamos nos sentar aqui... — puxou a cadeira para o garoto em forma de gentileza e empurrou a cadeira para mais próximo da mesa assim se sentou. Jeno se sentou em uma cadeira ali a frente do rapaz, se encolhendo de receio logo em seguida.

— Nunca vim num bar antes. — ele sorriu sem jeito ao notar muitas garrafas de bebidas alcoólicas — Nem mesmo com minhas mães ou qualquer coisa assim...

— Acho que você só sai de casa para a escola, não? — sorriu com os lábios para o garoto que viria bufou frustrado.

— São prioridades. — deu de ombros.

Jeno não conseguia deixar seus olhos irem em direção a Jaemin, de frente onde estavam.

Seu coração estava disparado bruscamente, isso poderia doer seu corpo por inteiro. Renjun conseguiu notar aquilo e fez questão de se virar e ver o que ele tanto olhava.

Jaemin; o garoto de cabelos tingidos que roubou o coração de Jeno e Renjun mesmo sem saber.

— Que merda... — suspirou pesado.

— Ele fica lindo com cabelo colorido... — mordeu seu lábio inferior de forma que notasse nervosismo por aquele efeito que o Na causava em si — Jaemin é muito bonito. — colocou seu cotovelo sobre a mesa e aconchegou seu rosto sobre sua mão.

— Sim... Essa cor só ajuda a realçar... — sorriu simplista, abaixando seu rosto e olhando para suas coxas cobertas pela calça jeans azul marinho. Renjun não deixaria de sorrir vendo a reação de Jeno.

— Os sentimentos que você tem por ele são puros, isso é lindo, Jeno. — o coreano direcionou seu olhar para o mais velho.

— As vezes eu esqueço que você gosta dele também, me desculpa se isso te faz se sen— foi interrompido.

— Para com isso! — deu de ombros, rindo descontraído — Entre diversas pessoas que já conheci ou soube gostarem de Jaemin, foi o único que não demonstrou qualquer tipo de interesse maldoso contra ele. Não me faz sentir desconfortável nem com ciúmes, pelo contrário, fico feliz. Vocês ficam lindos quando estão juntos.

— Ah! Não diga isso! — murmurou envergonhado — Me sinto inconveniente. Por que você não fala com ele?!

— Jeno! Jaemin me odeia! — riu sem graça — Ele gosta é de você, todos sabemos disso. Caso ele não te querer por perto, é porque ainda está magoado ou inseguro com tudo isso.  — Jeno suspirou fundo e pensou bastante em relação a isso — Quero que vocês dois fiquem juntos. 

— Certo, eu tento. — sorriu ao ver o outro levantar uma de suas sobrancelhas convencido de suas palavras.

— Eu sei que vai. Você até trouxe essa mochila pra festa! — sorriu de canto, confuso.

— São algumas coisas importantes. Tem remédio aqui para caso qualquer coisa também, sei lá! — balançou a cabeça de um lado para o outro — Mas voltando o assunto, se ele não me perdoar você vai ver só! Estou arriscando toda a coragem que ainda me resta para isso.

— Se ele não querer de verdade, é aí que eu vou tentar roubar o seu namorado. Dã! — brincou com o outro.