Debt

Capítulo 20

Após alguns minutos, Nicholas novamente me ajuda a ir para a sala e me sento na cadeira. Pedro traz o jantar e coloca sobre a mesa.
Nicholas: Não é porque fui eu que fiz, mas parece estar ótimo.
Lari: Também acho. ─ sorrio.
João: O que está acontecendo aqui?
Pedro: Um jantar? ─ responde irônico ─ O que quer já não basta o que aprontou hoje?
João: Não enche Pedro. ─ ele olha para mim ─ Em quarenta minutos quero te ver pronta para irmos e se não estiver sai do jeito que estiver.
Nicholas: Não se preocupa que ela estará prontíssima. ─ suspiro ─ Vai querer comer?
João: Jantarzinho de família? Não obrigado. ─ diz antes de sair da sala.
Pedro: MAIS FICA! ─ rio e nos servimos.
Após jantarmos Pedro e Nicholas lavam a louça porque eu insisti senão eles deixariam como estava e vou para o meu quarto. Ainda sinto dor, mas não posso mostrar pra ele que sou fraca, porque realmente eu não sou. Visto uma roupa mais decente e me calço, logo saio do quarto.
João: Está atrasada um minuto.
Lari: Então porque não me foi pegar no quarto? ─ cruzo os braços.
João: Acho que já se esqueceu do que aconteceu hoje.
Lari: Claro até porque eu não tenho nenhum curativo na coxa. ─ ironizo e ele revira os olhos.
João: Vamos embora. ─ respiro fundo criando coragem e o sigo.
João vai para o estacionamento e entra em um dos vários carros, logo dá partida. Me mantenho calada, não estou com paciência para discutir, então o caminho é silencioso. Ele pára o carro.
João: Você vai servir às mesas mas se continuar me desafiando te coloco pra satisfazer os clientes.
Lari: Você não faria isso.
João: E porque acha que não?
Lari: Porque afinal eu sou o seu pagamento, ou vai-me dizer que gosta de dividir as suas coisas? Não que eu seja propriamente sua. ─ ele sai do carro sem me responder.
Sorrio e logo saio também. Como ele é o dono furamos a fila e ele me leva até uma garota.
João: Trate dela. ─ ela assente e ele logo sai.
Não troco nenhuma palavra com a garota, ela simplesmente me leva até uma sala e me entrega a roupa que eu tenho que usar.
Curta demais, mas se tem que ser vamos lá.