Capítulo 132

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Larissa narrando:
Antes de fechar o pingente dou um beijo em cada fotografia e coloco novamente no pescoço.
João: O que faz aqui? ─ ele diz atrás de mim.
Me viro.
Lari: Só vim pensar um pouco.
João: Eram os seus pais? ─ assinto ─ Sente falta?
Lari: Muita, mas pelo visto o meu destino é esse.
João: Sente vontade de voltar?
Lari: Mais ou menos. Eu gosto das pessoas que conheci aqui, mas sinto falta dos meus amigos de lá, do meu pai, de tudo. A minha vida era completamente diferente.
João: Então porque ainda não voltou?
Lari: Primeiro porque você me ameaçou. ─ ele sorri.
João: Desde quando você me obedece?
Lari: Desde que cada dia que passa eu gosto um pouco mais de ficar aqui.
João: Pensei que estivesse aqui obrigada.
Lari: Estava. Porém agora eu tenho aqui amigos, pessoas que eu gosto.
João: Como era o Natal com a sua mãe?
Lari: Eu não me lembro de muito, era pequena, mas o pouco que me lembro era incrível. Minha mãe era a pessoa mais bondosa que eu já conheci. Eu queria ser igual a ela quando crescesse.
João: Eu acho que você é.
Lari: Você está me elogiando?
João: Não vai se acostumando. ─ rio.
Lari: Melhor voltarmos para perto deles. ─ ele segura o meu braço antes de eu poder me mover para ir embora.
O encaro sendo retribuída.
João me puxa delicadamente colando os nossos corpos. Ele sela os nossos lábios. Esse era o nosso primeiro beijo em que não existia disputa ou agressividade, pelo contrário, era calmo. Ele me beijava sem qualquer pressa como se não temesse que aquilo terminasse, sua mão ainda segurava o meu braço o apertando vez ou outra. Sentia o meu coração acelerar no meu peito, mas não o suficiente para que quisesse me afastar. A sensação era boa. Separo os nossos lábios para encará-lo.
João: Feliz Natal. ─ sussurra
Lari: Feliz Natal. ─ sussurro de volta e passo os meus braços pelo seu pescoço. Ele passa os seus braços pela minha cintura e volta a me beijar. Não posso evitar sorrir no meio e sinto que sou correspondida.
O clima parecia perfeito, estávamos ali, sem brigas, sem gritos e sob as estrelas, as únicas testemunhas que aquilo estava realmente acontecendo além de nós.
João pediu passagem com a língua e me apertou contra si. Senti o meu corpo se arrepiar quando o seu gosto se misturou com o meu à medida que as nossas línguas se acariciavam.
Seguro a sua nuca intensificando o beijo, eu não queria que aquilo terminasse e ele parecia que queria o mesmo, pois quando os nossos pulmões imploraram por ar ele desceu os seus lábios distribuindo beijos pelo meu maxilar e pescoço. Agora recuperados puxei novamente o seu rosto beijando-o de novo.
Lari: O que foi isso? ─ digo com a testa colada na sua.
João: Um beijo?
Lari: O que está acontecendo entre nós João?
João: Não sei mas também não estou afim de descobrir agora. ─ ele joga uma mecha do meu cabelo para trás e segura o meu rosto puxando-o novamente de encontro ao seu.

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