XIII

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-Eu querida Imelda, Sam acabou de me pedir em casamento - E abracei-a, - estou muito feliz!
-Mas assim, sem mais. Como pode ser isso.? Não se pede uma senhorita de bem, assim sem mais em casamento.
-Peço imensas desculpas Imelda, talvez devesse ter falado consigo primeiro, visto a senhorita estar à sua responsabilidade, peço imediatamente perdão, mas deixei-me levar pelo entusiasmo. – Sam foi junto de Imelda e beijando-lhe a mão, parecia deveras constrangido.
-Bem… sendo assim está desculpado – aligeirou Imelda – e a minha menina já lhe respondeu estou a ver. Bem, está bem, quando partimos? – e todos sorriram, dando leves gargalhadas, todos menos Pulaski, que olhava para Sam como um pássaro ferido, tive pena dele, e demonstrei isso em meu semblante, o que fez com que Pulaski pedisse permissão para sair e disse que iria hoje ainda com o seu regimento. – afinal alguém precisa de trabalhar – com uma pequena vénia saiu, deixando-nos a receber as felicitações entusiastas de Lá Fayete, as mais comedidas por parte de Washington, e um grande abraço caloroso do  Sr. Heughan que nos abarcava aos dois com facilidade.
Sam levou-me com ele da sala, pedindo permissão aos restantes
- Si, sim vá lá homem, por hoje está dispensado, quer dizer desde que, consigamos partir amanhã depois do pequeno almoço – disse Washington.
- Não se preocupe General, tudo estará a postos, agora se me dão licença, preciso conversar com a minha noiva. Levou-me escadas acima até ao seu quarto e trancou a porta assim que entrámos, a minha cabeça girava de tanta felicidade, assim que se voltou para mim agarrou-me pela cintura elevando-me no ar, rodopiou comigo pelo quarto, - ah, Minha querida como sou um homem feliz, quando ainda no inicio da semana só via sangue e sofrimento à minha frente, no entanto agora a nossa causa ainda me parece mais justa e tudo farei para que saíamos vitoriosos, e vivos. Vais ver tudo vai correr bem. Baixou-me, apertando-me contra ele, beijou-me apaixonadamente, levou-me até à cama e empurrou-me para trás, agarrei-me a ele cravando os dedos nas suas costas – Andreza- murmurou, beijando-me o pescoço, os lábios a roçar na minha pele e a fazerem-me estremecer, fomo-nos despindo, entre beijos abraços e toques, a forma como me olhava fazia o meu coração bater mais depressa, nunca vira nada tão belo quanto ele na minha vida, levantei a minha mão e toquei-lhe no rosto, quase sem acreditar que ele estivesse ali assim só para mim, beijou-me a palma da mão e apertou-me contra si, causando-me arrepios por todo o corpo, pousou a mão forte e segura na minha coxa, eu adorava a sua força – a única coisa que quero é cuidar de ti para sempre -dizia baixinho, antes de eu me aperceber pôs-me em cima dele, com as pernas separadas, sentada sobre as suas ancas, senti a erecção enorme e dura, entre as coxas, e senti um desejo selvagem apoderar-se de mim,  tinha a melhor visão daquele homem com os cabelos espalhados na almofada o seu peito definido  abaixo de mim, sentia por trás as suas pernas fletidas e as suas mãos na minha cintura elevaram-me ligeiramente  desci com força deixando que me penetrasse, contive um gemido, agarrando-me as ancas, mexeu-se e ajudou-me no primeiro movimento, comecei a mexer-me freneticamente mais e mais depressa, perdendo qualquer vergonha ou timidez, agarrei nas suas mãos que estavam em meus seios e ajudei-o a acariciar-me, cavalgando sob ele e ele empurrando, todo dentro de mim, fixei meus olhos com os dele incapaz de me desviar, hipnotizada pelo orgulho masculino que brilhava nos seus olhos, sabia que me estava a dar prazer, um prazer avassalador tomava conta de todo o meu ser sentia o sangue pulsar na minha cabeça, ouvia-o murmurar, mas não percebia o que ele dizia, deitou-me de costas – não podemos acabar já, ainda há mais Andreza – descendo pelo meu corpo, deitou-se sob as minhas coxas abertas, e lambeu-me, pensei que morria ali, nunca na minha curta vida pensei que um homem pudesse fazer uma coisa assim a uma mulher, aquilo era um ato de amor,  a imagem daquele livro ali a acontecer comigo, parecia-me surreal, segurei-lhe a cabeça e ele arremeteu a sua língua para dentro de mim, julguei que lhe arrancava os cabelos, de tanto que estava a sentir, a minha vontade era tanta, tive de morder os lábios para não gritar, iniciou a viagem para cima beijando os meus seios lambendo os meus mamilos, e ajeitando-se no meu corpo. E sem reservas pedi-lhe :
-Sam sim vem– e entrou em mim, com delicadeza passando a mão nos meus cabelos, no meu rosto, queria-o tanto que me doía. Satisfez-me, deu tudo e eu aceitei tudo dele, uma só alma um só espírito, voei às alturas, desci nas asas de um anjo e repousei no corpo de um homem bonito, onde conheci o mistério da delícia e de entre os escombros ergueram-se dois ombros, os nossos, enlaçados nos murmúrios, sãos e salvos felizmente, e o sol que entrava pela janela banhou-nos num augúrio de bonança, e abraçados como os amantes, dormitamos um pouco.
Acordei antes de Sam, e deitada de lado a olhar o seu rosto descansado em paz, desejei que essa paz se pudesse prolongar, sabia que poderia ser assim, os anos vindouros não seriam fáceis, as batalhas que se aproximavam iriam ser duras, a nossa vida iria ser dura, mas juntos, que diria o meu papá se soubesse de tudo o que me aconteceu, das decisões que tomei, provavelmente não teria gostado, uma senhorita deitar-se com um homem antes do casamento, seguir um homem num regimento a caminho da guerra, por outro lado pensava que ele iria orgulhar-se de mim, por lutar pelos ideais da Liberdade e também pensei que ele iria gostar de Sam, adorariam conversar um com o outro com certeza, - ah papá, sabes que ele é um homem bom, vou ficar bem, talvez tenha feito as coisas ao contrário, mas foi por amor papá, por amor, não te zangues comigo, - pedi e a minha recompensa estava ali no sorriso do meu homem ao acordar, na sua mão na minha coxa, no seu corpo tão sólido quanto os seus ideais.
-Olá, estavas a ver-me dormir? – disse-me Sam na sua voz rouca. Sorriu-me docemente.
-olá – passei-lhe a minha mão no seu rosto—pareces um menino quando dormes.
-É por te saber ao meu lado, mesmo a dormir consigo sentir quando estás aqui, nunca mais dormirei só. – e selou essa promessa com um beijo.
O resto do dia foi levado nos preparativos da nossa partida. Deixei todo o Monticello preparado, fui novamente falar com o pessoal, alguns ficaram com receio que os homens que tinha deixado encarregues de cumprir os meus planos não o fizessem, mas eram homens de carácter, Sam por estar ali há mais tempo ajudou-me na escolha e vi que ficaram agradados por terem sido escolhidos para tal tarefa senti que deixava Monticello em boas mãos, e que quando voltasse encontraria tudo organizado da forma que eu tinha pedido. Imelda ajudou-me com o pessoal da casa, e quando me fui deitar ia descansada. Sam chegou mais tarde, perguntou-me se poderia dormir ali.
-Sam, disseste nunca mais ias dormir só, eu também não quero dormir só, logo passaremos a dormir um com o outro, vem aqui e abraça-me. Quase não dormimos, nem mesmo  o amor que fizemos conseguiu relaxar os nossos corpos, tamanha a ansiedade. Conversámos e planeámos sobre a nossa vida a maior parte da noite, entre abraços e beijos, carinhos e afagos. Raiou o dia….

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