Capítulo 7

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Richard Smith

Mais dias se passaram e eu ignorei a existência total dela, porém relatórios diários eram entregues a mim. Hoje já é quarta, na sexta me casarei, finalmente Ronaldo dá sinal de vida, marcamos de nos encontrarmos a noite, ele virá aqui ao meu escritório no centro, demorou mais chegou, preciso de informações de Amanda, pois estou totalmente no escuro com ela, sem saber como agir, ou como me defender. Preciso conhecer a sua história real para depois atacar, o que eu sei dela é pouco e por pessoas que não são de minha confiança.

A noite chega, Ronaldo já está vindo ao meu encontro, continuo na expectativa, os dias se estenderam tanto, demorando-se de passar. Ele chega e despeja dois envelopes brancos grandes em minha mesa, um com detalhes da vida de Amanda e outro com fotos e um hd comprovando o que está no relatório escrito, se serve de uma bebida, puxa a calça nas pernas e senta-se, eu não digo nada, ele sabe o meu estado de auto controle, só na expectativa em ouvi-lo.

- Richard, como devo começar? - Bebi um gole de seu conhaque e prossegui. - Acredito que sua noiva não foi nada afortunada ao longo de sua vida. Além dos pais, todos que cruzaram o seu caminho não se agradaram em conviver com uma mulher de beleza tão incomum como a dela e pobre também, pois aos olhos de todos foi criada em um convento por caridade. Acredito que é alvo da inveja feminina já que no convento homens não são aceitos , então sempre foi muito hostilizada por suas colegas de família rica que ao fim do ano letivo voltavam para suas casas menos ela. Viveu todo esse tempo em um pequeno quarto, ressalto como o pior quarto do convento, acredito que antes dela usá-lo servia como quarto de dispensas, que foi desocupado para ser ocupado por ela. Seu pai mandava uma quantia anual de 200.000, sendo que por mês dá uma média de mais de 16.000, logo, era para sua situação ser bem melhor do que a que eu presenciei lá. Quando fez 12 anos passou a ajudar nos serviços gerais do enorme convento, o que só serviu para diminuir o seu prestígio entre as colegas ricas. Depois que terminou o colegial foi incentivada pela madre superior a permanecer l, pagava a ela 600 por mês tendo direito ao mesmo quarto que sempre viveu. Como não saia, não tinha como construir uma vida social, amigos ou qualquer outro vínculo afetivo, com isso juntou cerca de 15,000, melhor dizendo 14,483, que estão em uma poupança guardado.

Respiro fundo com essa revelação, bebo meu uísque de uma vez só, ultimamente essa bebida tem sido minha companhia, só ela para esmagar as sensações que ando sentindo, me levanto perdido, que espécie de vida é essa que ela teve? Não é possível!

- O que foi Richad? - Ronaldo me pergunta querendo entender o que achei de toda essa história, mas continuo quieto.

- Prossiga. - Rebato

- Bem! Não tenho muito o que falar, só que é uma pessoa reservada e que não abaixa a cabeça para ninguém, acho que foi vítima de sua beleza, pois isso causou uma certa disputa entre as meninas lá, que sempre tentavam humilhá-la. Essa madre superior como é  chamada, é que atraiu mais a minha atenção, reteve todo o de dinheiro de Amanda para ela. É uma coroa visionária, muito interesseira, tem uma vida dupla de santidade e promiscuidade. Quando Heitor esteve lá para buscar a filha ficou um longo tempo com ele tancado em sua sala, logo depois saiu e deixou pai e filha conversarem a sós. Realmente Amanda nunca soube de nada o que foi muito conveniente para a madre pois ficava com o dinheiro enviado.

- O que seria essa vida promiscua? - Pergunto pois quero detalhes. Ele sorri.

- A coroa é uma vadia toda! Gosta da vida mundana noturna, você verá as fotos das noitadas que participa, das perversões com vários parceiros, isso é que é ter uma vida dupla viu.

- E Amanda nunca a acompanhou, digo, nunca saiu a noite? Que adolescente, bonita, não se interessaria em curtir a vida?

- O convento é afastado da cidade, fecha as 18 horas, as meninas se recolhem para os quartos, as 20 horas descem para a janta, Amanda já não fazia mais as suas refeições na sala de jantar e sim na cozinha pois ela era parte do grupo de funcionários então passava o dia todo fazendo os serviços de limpeza as 21 se recolhia e ia deitar, acordava as cinco e meia da manhã, para iniciar seus serviços, então acredito que ela não tinha tampo tempo para pensar em buscar amizades fora do convento.

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