capítulo 14

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Amanda Jones

Nunca dormi tão bem como hoje, vou abrindo os olhos devagarinho, reconhecendo um poderoso cheiro que me instiga, fazendo com que minha perna se esfregue uma na outra, tento mas sou impedida, pois há entre elas uma coxa musculosa, imediatamente uma quentura me invade, estiro meu braço e deslizo por uma barriga rígida, minha mão ganha vida, contorna uma virilha, vejo que estou com a cabeça deitada no peitoral, é ele!

Richard dormiu comigo, e flashes da noite passada veem a minha mente, tivemos uma noite de amor maravilhosa, e agora estamos aqui pelados, eu enroscada em seu corpo, sem querer me desgrudar dele, mas começo a ficar ofegante, meu desejo cresce, eu quero-o de novo dentro de mim, e movida ao tesão vou beijando seu peitoral, ele ainda dormi então aproveito a oportunidade, cheiro seu pescoço, meu corpo já está sob o dele, deixando um rastro sob sua barriga de umidade que escorre entre minhas pernas, não beijo-o na boca para não acordá-lo,  seu corpo por este instante é meu, vou descendo até chegar em sua barriga, beijando-o, com fome, até que percebo que está excitado.

Involuntariamente vou descendo e seu pau deslizando por meu corpo, quando vejo já estou chupando-o ansiosa, ouço seu gemido, sem controle algum nos perdemos, rendidos por esse sentimento que nos domina a cada dia.

Demos uma trégua e desde o dia que Richard intimou sua mãe, sua amiga e a Eloá, fiquei em paz, ele me questionou sobre a minha posição a cerca delas, mas não quis expulsa-las, afinal a casa não é minha e se chegou a esse ponto foi por que ele permitiu, não quero criar situações que venham me prejudicar futuramente mais ainda.

A semana passou tranquila, evitei visitas na casa de Damiana pois não quero aborrecer meu esposo, amanha é sexta, meu aniversário, quero fazer um pequeno bolo de chocolate para mim, sempre passei esta data sozinha, e hoje não será diferente, porém me permitirei comer uma coisa que sou apaixonada.

Vou a cozinha e preparo o bolo, as funcionárias da mansão me condenam totalmente, mas o que aprendi nesta vida é ignorar o outro, passo a minha tarde, recheando e cobrindo o bolo de chocolate, aguardo esfriar para levá-lo ao meu quarto e amanhã me permitirei saboreá-lo.

- Amanda boa tarde! - Estava sentada na cadeira da mesa da cozinha, bebendo um chá.

- Boa tarde Bete, tudo bem? - Bete é a governanta da mansão, desde que vim morar aqui ela nunca trocou mais do que meias palavras comigo, não quero ser possessiva mas acho que venera o patrão.

- Espero que de agora em diante a Senhora não frequente mais este cômodo da casa, isso atrapalha o rendimento das empregadas e sinceramente, não deixarei que ninguém me prejudique, Richard tem em mim um porto seguro, e nunca nada saiu do meu controle, mas vejo que a Senhora está querendo me prejudicar, caso não siga as regras terei que falar com ele.

- Desculpe, não tenho intenções de prejudicar ninguém apenas gosto de cozinhar... não se preocupe que não pisarei mais os pés em sua cozinha. - Ridícula, isso não prejudica em nada os serviços, pego meu bolo e vou para o meu quarto.

Coloco-o na mesinha, chupo a ponta do meu dedo que sujou de chocolate, e vou ler algo para o tempo passar. Hoje a madre me ligou mas tenho evitado sua ligação, quero distância dela, amanhã é o meu aniversário, quero ficar em paz, poderei acordar um pouco mais tarde, pois Richard irá trabalhar a parti das 10.

As 2 da madrugada, acordo apreensiva, tive um sonho estranho que me deixou com uma sensação ruim, me levanto e vou até o banheiro, lavo meu rosto e volto ao quarto, coloco a água no copo para beber um pouco, mas ela acabou, minha boca está seca, inquieta, levo a moringa para encher na cozinha, estou tão afetada com o sonho que saio apressada do quarto, desço as escadas, atravesso a enorme sala, ao lado tem uma antessala, que nunca me chamou atenção mas ela fica, ao lado, cercada por colunas ricas em detalhes, janelas extensas que vão do teto ao chão, uma lareira enorme, com uma mesa redonda de madeira escura, específica para jogar poker. 

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