Dona de mim!

capítulo 10

Richard Smith

Hoje estou com o dia cheio de reuniões, como neste momento, me apresento aqui diante de oito acionistas e meu pai, nossa intenção é fazer uma grande oferta para arrematar algumas ações, temos uma visão de longo prazo sobre a economia e estamos investindo forte para deter a posse de grande parte do mercado econômico do continente.

O visor do meu celular acende, eu levanto o dedo indicador e todos silenciam. Não posso deixar de atender a um dos seguranças de Amanda, ela passou a ser minha prioridade.

- Diga!

- A Senhora sua esposa está saindo pelos fundos com Lívia, não solicitou motorista, quero saber se devo impedi-la. 

- Não!

- Mas devo segui-la?

- Essa é a sua função! - Meu pai me olha tentando entender a minha conversa.

-  Ok, Senhor, estou indo!

- Quero relatórios, constantes! - Desligo e prossigo com a reunião, não quero que Amanda saia sozinha, ela sabe disso, fez para me afrontar por eu ter resistido a ela esta manhã, depois da trepada gostosa que demos, vê-la naquela camisola, seus seios apontados, aquela alça que insistia em cair e seu ciúme evidente, foram como labaredas que incendiaram meu desejo.

Lívia está tentando aproximação com ela, sei que se sentem sozinhas e apesar do seu vício aprecio o vínculo, porém não admito que saia sem o motorista, alertarei para que da próxima vez não desacate a minha ordem. 

A reunião encerra e verifico as mensagens, dos relatórios do trajeto que Amanda está fazendo. Segundo o segurança Lívia foi para o Shopping sozinha e a deixou no banco nacional, estava claro que ela não iria fazer compras, nunca mostrou interesse por isso, não por enquanto, eu a subestimei, depois da ameaça da Madre é lógico que ela cederia, Amanda é forte mas não consegue lhe dar com pressões, cede com facilidade, luta, mas não resiste, entregará seu dinheiro, e a chantagem não terá fim, meu desejo é que viesse pedir minha ajuda, quando convidei a Madre para ficar esses dias em minha casa minha intenção era investigá-la melhor, saber qual o seu propósito, que com certeza é o meu dinheiro, busco conhecer a Amanda a fundo, descobrir o que Ronaldo não conseguiu em suas investigações, ele me repreendeu por trazer para o meu convívio dois estranhos, mas estamos em alerta total, ele verificou as imagens e mal sabe a Amanda a proteção que a cerca, minha intuição diz que é uma mulher íntegra, sua beleza me atrai bastante, mas essa mágoa, esse rancor, se impregnou em meu peito que não me deixa, parece ter criado raiz, e por mais que eu me alegre em tê-la para mim, uma dor me invade quando penso que a minha riqueza foi um dos fatores importantes que a impulsionou em aceitar esse acordo que feriria a honra de uma mulher nobre, que maldição!

Pensar nisso só me irrita, hoje, quando beijava meu rosto, meu pescoço e falou que me queria, acariciando-me, por pouco não aceitei, mas ao admitir que gostava de viver ao meu lado, a verdade bateu, o rancor me consumiu, queria puni-la por isso permitir que Ana continue sendo sua empregada, vi pelas gravações que foi provocativa e está interessada em mim, Amanda terá que conviver ao lado de uma mulher que deseja seu marido, esse é o preço que pagará por tentar me seduzir, não cairei em sua lábia, não quando sei que seu desejo é igual ao de tantas outras mulheres, em possuir poderes sob minhas riquezas.

Sou informado que já sacou o dinheiro de sua conta, iria aguarda o seu retorno a nossa casa para ver o que  irá fazer, mas não me contive, cancelei meus compromissos e parti para encontra-la no banco.

Como se sentisse a minha presença ela se vira ainda sentada e se surpreende ao me ver. O bancário me reconhece logo de cara, ainda de pé me aproximo e estendo minha mão para cumprimentá-lo dando boa tarde. O gerente aparece não sei de onde, me olha como se visse o dinheiro em pessoa, talvez acredite que queira abrir uma conta neste banco popular. Estúpido.