Dona de mim!

capítulo 13

Richard Smith

- Por favor Richard, você não! Me deixe ir! Sai da minha frente agora! - Amanda fala com afronta, empinando o nariz, seu rosto está pálido, seus olhos lacrimejando, ainda seguro a sua cintura, mas solto-a, olhando em volta a alegria de todas as mulheres menos a da minha que fugiu para o banheiro e Elizabeth seguiu atrás. 

As mulheres a minha frente falam, mas não consigo ouvir, esses dias foram difíceis para mim, desde o dia que presenciei Amanda naquele estado de tristeza por ter perdido sua boneca, venho fugindo dela. Me certifiquei que ficaria bem, ordenei que limpassem o seu quarto e proibir a presença de Ana na mansão, os seguranças ficaram atentos a sua proteção pois Rafael ainda estava na mansão, vê-lo assediá-la me causou uma fúria difícil de controlar, tive que aumentar as horas de aulas da minha luta, para extravasar. 

 Passei três dias fora, fiquei em minha cobertura no centro da cidade, minha intenção era ficar uns quinze dias, mas quando assistir sua aflição, ao me ligar, ver a sua reação, correndo para cama na expectativa por ter me ligado, aqueceu meu coração e retornei no outro dia, realmente está difícil conviver com ela assim tão perto de mim. Lembro da manhã que chegou atrasada para o café vestida naquela calça justa, fiquei estático, meu deus essa mulher está me dominando e não há nada que eu faça, não consigo evitar, matar esse sentimento que só faz crescer cada vez que a rejeito.

Fui trabalhar, pois a única coisa que me mantém racional é o meu trabalho, esses dias que fiquei longe trabalhei mais de 12 horas ininterrupta, nem meu pai se atreveu a falar nada, Ronaldo me incentiva que eu dê uma chance a ela e a cada dia meu corpo me convence disso.

Hoje por incrível que pareça penso nela o tempo todo, peço relatórios e quando recebo fotos dela caminhando na grama, a satisfação era plena, algumas horas se passam, e não recebo mais notícias suas, os seguranças me ligam informando que não sabem onde encontrá-la, sem sequer pensar duas vezes, ordeno que cancele todos os meus compromissos e corro até a mansão.

Ao chegar esbravejo com Ronaldo que se não acharem Amanda eu demitirei todos, sem exceções, Ronaldo me ignorou por completo, achou minha atitude exagerada, e acredita que Amanda está passeando como fez todos esses dias em que fiquei fora. Mas meu medo era que ela se perdesse na mata, ou que algo de ruim acontecesse, tirei meu paletó, dobrei as mangas da camisa e parti para fora da mansão para procurá-la, fiz todo o percurso que ela fez, os seguranças estão me ajudando, abro dois botões da camisa, pois estou transpirando.

Meu celular toca, é o meu motorista João, não atendo para não ocupar a linha caso um dos seguranças me ligue com informações novas, já exausto, vejo Ronaldo falar ao telefone, de acordo com suas respostas vejo que a encontraram, João o informou, dizendo que ao chegar em casa a viu e voltou imediatamente para me notificar, como não achou, me ligou e não atendi, ligou para Ronaldo.

- Podem voltar, eu resolvo daqui! - Aviso a Ronaldo e ao demais homens que nos acompanhavam.

- Richard vá com calma, acredito que ela não fez nada demais, essa fuga que insisti em fazer está te desestabilizando. - Ronaldo fala mais eu parto rápido para encontrar a minha Amanda. A sensação de perde-la é horrível, preciso vê-la de perto, saber como está.

Quando cheguei na casa de João, meu peito se confortou, pois ela estava lá, tranquila ao vê-la me deparo com a sua imagem totalmente sexy chupando o dedo indicador, a verdade é que ninguém esperava a minha presença ali, e pouco me importa isso. 

Ela se despediu de todos inclusive do neto de João, ela foi carinhosa com ele, e o menino mostrou gostar bastante dela, e um ciúme horrível invade meu corpo, ao ver que está gastando o carinho que deveria ser destinado ao nosso filho para esta criança. Sei que fui patético por pensar assim, mas essa incerteza que vem de Amanda me deixa irracional. Por mais que eu tente fugir dela, mais anseio!