Capítulo 18.

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Lory.

Coloquei minha bicicleta no estacionamento junto as demais. O vento forte fez meu cabelo balançar, e eu apressar os passos para entrar dentro da escola. Os alunos estavam todos no estacionamento, apoiados em seus carro ou motos, conversando uns com os outros.

Sorri vitoriosa por isso.

Ao entrar na escola, os armários de cores claras chamaram minha atenção, e logo, encontrei quem eu procurava. Me aproximei de Peter, que sorriu para mim. Ele terminou de guardar suas coisas no armário, se virando para mim .

— Olá – Sua voz soou doce. Sorri levemente para ele, o cumprimentando com a cabeça. — Eu esperei que você me mandasse uma mensagem sobre aquilo, o que aconteceu? – Indagou apoiando a lateral dos ombros nos armários e focando sua atenção em mim. Fiz o mesmo que ele, passando a mão por meus cabelos.

— Eu esqueci – Admiti sinceramente, fazendo o menino de pele negra rir. — Acabou acontecendo algumas coisas foras do previsto – Limpei a garganta, tentando não deixar a vergonha transparecer para minhas bochechas.

— Ok, comigo também foi assim. Agora vamos? – Indagou com os olhos brilhantes. Assenti, indo junto a ele para a sala de artes.

As lindas pinturas nas paredes me receberem, acalmando o nevorsismo em meu peito.

Me sentei no banco de madeira, observando Peter pegar uma tela branca e colocar no cavalete.

— Nós vamos começar a fazer aqui mesmo? – Indaguei apoiando o queixo com as mãos. Peter riu, puxando um banco para se sentar.

— Quanto mais rápido, melhor – Concordei com suas palavras. Ele pegou algumas tintas de dentro de sua bolsa, e começou a misturar. Parecia mágica ver as cores se juntando. — Você conversou com sua amiga? Aquela que quase me acertou com um quadro – Lembrou, com os olhos negros temerosos. Ri discretamente, negando com a cabeça.

Ele me olhou por alguns segundos, desviando o olhar e assentindo com a cabeça.

O silêncio caiu sobre meus ombros. Aproveitei para observar mais aquela sala que era tão nova para mim.

As paredes tinham cores pastéis e lindas pinturas. Um vento calmo entrava pela janela, me perguntei por que nunca tinha vindo aqui antes. É um lugar tão calmo e tranquilo. Apoiei meus cotovelos na mesa, fitando Peter.

Ele limpava os pincéis sujos.

— Peter, é muito gentil da sua parte estar me ajudando – Revelei sinceramente. O aniversário do Din é amanhã, e eu quero muito dar isso de presente para ele.

Sorri ao pensar que amanhã teremos a mesma idade.

Peter se virou para mim, enviando-me um sorriso simples. — Não foi nada. – Rebateu de maneira gentil, e então, voltou a encarar a tela. — Um anjo negro. Isso é novo para mim – Revelou calmamente. Ele pegou um dos pincéis e os molhou na mistura. — Sempre vi pinturas em que anjos são louros de olhos azuis, eu acho isso muito cafona – Sorri com suas palavras. Provavelmente Stephan falou algo parecido para Din.

— Eu também. – Senti meu peito se apertar. — Os anjos podem muito bem ser ruivos. – Dessa vez Peter riu, uma risada leve e verdadeira.

— Concordo plenamente. – Juntei minhas mãos sobre a mesa, rindo com ele. O tempo passou rapidamente, e quando o sinal bateu, a pintura já estava ganhando forma.

Eu e Peter sorrimos com o resultado.

— Está ficando lindo, Peter. – Ele me olhou com timidez, desviando o olhar.

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