Capítulo 25.

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Dilan.

Observei a menina que devorava uma rosquinha rosa cheia de açúcar. Um sorriso suave apareceu em meus lábios quando mestra saboreou a massa, lambendo os dedos logo em seguida. Sua atenção se focou em mim, ela riu.

— Achei que iríamos nos ferrar bem mais – Sua voz suave encheu meus ouvidos, fazendo meu coração disparar. Desde de ontem, eu estou meio estranho. Talvez o motivo seja porque passei metade da noite esperando que ela aparecesse no meu quarto, e isso não aconteceu.

Foi decepcionante, eu queria vê-la e beijá-la mais um pouco.

— Achei que seu pai iria me xingar. – Revelei sinceramente, me ajeitando no banco do Candy's. Mary nos perdoou por tudo que fizemos depois que mamãe me obrigou a trabalhar para ela durante os finais de semana. Talvez seja uma boa idéia, eu preciso devolver aquele dinheiro para mamãe, e Mary vai me pagar bem.

Lory soltou uma risada leve com minha afirmação, seus cabelos longos balançaram junto ao vento, roubando todas minhas batidas.

— Como você pode ser tão incrível? – Indaguei em um sussurro, apoiando o queixo com as mãos e a fitando. Ela sustentou meu olhar de maneira divertida.

— Você disse algo? – Indagou com um riso discreto nos lábios. Sorri para ela, negando com a cabeça.

— Nada que já não tenha dito antes. – Joguei a cabeça para trás, sentindo o aroma doce do Candy's encher meus pulmões. A música combinada perfeitamente com o ambiente me traziam memórias nostálgicas. — Se lembra quando você ameaçou de apertar minha bunda aqui? – Indaguei a olhando discretamente para espiar sua expressão. Ela mordeu os lábios, segurando uma risada alta.

— Eu lembro. – E então nós dois rimos alto. Parecíamos um casal de anos, relembrando da época da juventude, mas essas coisas aconteceram há pouco tempo. Porém, esse tempo parece tão distante, chega a ser nostálgico. — Deus, eu era sem vergonha – Comentou com as bochechas levemente coradas, senti vontade de beijar seus lábios vermelhos por causa do sorriso tímido que eles carregavam.

— "Era" – Ela arregalou os olhos, dando um leve tapa em meus ombros.

— Eu era, querido Dilan. O safado agora é você – Coloquei a mão sobre o peito, me fingindo de ofendido. — Até a Tessa comentou – Se defendeu querendo soar séria, mas voltamos a rir logo que mestra terminou sua fala.

— Ok, você pode estar certa. Mas pelo menos, eu não sofro mais assédio, como sofria antes. Coitado de mim, uma criança que tinha sua querida bunda apertada. – Abaixei minha cabeça, segurando o riso quando Mary lançou um olhar assassino para o barulho que estávamos fazendo.

Puxando o ar com força, voltei a encarar Lory. Ela mordia os lábios, tentando evitar de rir também.

— Vamos? – Indaguei, sentindo meu coração acelerado e uma vontade enorme de rir alto.

— Sim – Nos levantamos, deixando o dinheiro sobre a mesa. Eu ainda podia sentir o olhar de Mary sobre nós. Antes de conseguir sair da lanchonete, senti mãos em minha bunda, e logo explodimos em risos.

Conclusão: Mary gritou conosco e corremos para fora da loja.

— Por que eu fui falar? Agora você vai ficar pegando na minha bunda? – Indaguei em voz baixa, me apoiando na parede atrás do Candy's. Lory se aproximou com um sorriso suave nos lábios vermelhos.

— Você é inteligente – Ri com sua fala, a puxando para meus braços.

Seu cheiro encheu meus sentidos, e seus olhos castanhos brilharam para mim, não pude evitar de beijar seus lábios cheios. Eu passei a noite toda querendo senti-los contra os meus.

Nós Crescemos [✓]Where stories live. Discover now