Capítulo 34.

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Lory.

    Ri olhando o menino que se balançava com força no balanço. Dilan tem os cabelos voando pelo céu, e os olhos fechados. O sol bate em seu rosto, e é uma cena que tira facilmente o ar.  Segurei suas costas, fazendo-o parar.

— Está se divertindo? – Indaguei rindo. Dilan segurou minha mão em seu ombro, se virando para me olhar.

— Estou – Falou com calma. – muito. – Completou roubando mais uma risada de mim. Abracei seu pescoço, relaxando meu queixo em sua cabeça.

— Assim eu sou mais alta que você. – Comentei, o fazendo respirar fundo e rir. Vir aqui foi uma boa idéia. No lugar que tivemos nosso primeiro beijo, o parque abandonado.  Observei o lugar com brinquedos quebrados e grama alta, me sentindo feliz e alegre. — Sabe, um dia eu fiquei em um balanço, chorando enquanto pensava em você. – Murmurei sentindo o cheiro suave de seus fios.

Dilan ficou em silêncio. Limpei a garganta, me sentindo estranhamente tímida com aquilo.

— Lory – Sua voz saiu profunda e arrastada, fazendo meu corpo estremecer. Fiquei calada, esperando ele terminar de falar. — Você pode ficar aqui na minha frente, por favor? – Indagou me deixando confusa. Fiz o que ele pediu, ficando a sua frente e sustentando seu olhar intenso.

— O que foi? – Indaguei em voz baixa. Dilan segurou meu pulso com carinho, e antes que eu pudesse pensar muito, ele se levantou e envolveu meu corpo com seus braços. Suspirei, sentindo suas batidas aceleradas contra mim, e seu calor quente me cobrindo. Retribui o abraço, fechando os olhos com força e me permitindo relaxar na maresia morna que Dilan era.

— Eu também chorei tantas vezes pensando em você. – Mordi os lábios com sua voz trêmula. Soltando o ar calmamente, o abracei com mais força, podendo sentir tudo dentro de mim vibrando perante aquele abraço morno e apertado. — Eu preciso de você mais do que palavras podem expressar, Lory. E porra, como isso é grande. – Sorri, gostando da maneira suave e sincera que aquelas frases soaram.

— Não xingue. – Censurei roubando uma risada bonita de seus lábios. Senti seu queixo se apoiando em minha cabeça, e isso me fez suspirar e esconder meu rosto em seu peito. Era tão fácil escutar suas batidas aceleradas, aquelas que são só minhas. — Dilan – O chamei com calma, sentindo o vento fresco de fim de tarde brincar tranquilamente ao nosso redor.

— Eu sei o que você vai falar – Avisou sem pressa. Ri, imaginando que ele já saberia. — "Eu amo você, Dilan." – Ri, achando engraçado aquela frase em sua voz. — Mas mesmo sabendo, quero que você fale. – Pisquei, sentindo todas minhas batidas serem levadas por sua voz baixa e rouca.

Mordendo os lábios, levantei a cabeça e capturei seus incríveis olhos castanhos, me perdendo no calor de suas íris.

— Eu amo você, Peterson. – A frase parecia ser perfeita para minha voz, como se eu carregasse nas costas e no timbre meu amor por Dilan Peterson. E como se ele também estivesse condenado àquele destino, sua voz baixa e suave murmurou que me amava. E aquilo foi o equilíbrio perfeito entre as frases de amor, e os timbres diferentes que pareciam se encaixar tão bem.

    Dois quebra-cabeça distintos, porém, são as peças que faltavam para ficarem completos.

               
                               ...*....*...

Esperei com ansiedade fora do hospital junto a Dilan. Senti sua mão em volta da minha e seus dedos brincando com meu anel. Ri sozinha, apreciando a brisa suave que bagunçava meus cabelos.

  Meu coração pulou ao ver papai abrir a porta de vidro do hospital. Soltei a mão de Dilan, correndo até o homem que tinha um sorriso bonito e olhos tão castanhos quanto os meus. O abracei com cuidado, sorrindo e não impedindo que a felicidade me invadisse.

Nós Crescemos [✓]Where stories live. Discover now