Entrevista: Vanessa Pérola

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Meu nome é Vanessa Pérola, tenho 29 anos. Comecei a ler no Wattpad em 2016 e a publicar meus livros em 2018. Um ano de casa.

1 - O que gostaria de ter ouvido quando começou e ninguém falou?

Gostaria de ter ouvido que a comparação é o pior veneno que existe. Não dá pra começar e permitir comparações, por que ela é cruel e não diz nada sobre você. É horrível comparar números, forma de escrever, leitores, o que quer que seja. Não é saudável e muito menos justo. Quando a gente se compara, deixa de produzir o que é nosso por que não é igual ao do outro. Então, eu gostaria de ter ouvido isso, ter sido incentivada a ser eu mesma em todo momento.

2 - Qual trabalho você mais se orgulha de ter feito e por quê?

Eu me orgulho de todos os meus trabalhos, por que eles são fruto de lágrimas, suor e sangue. Sempre faço quase tudo sozinha. De vez em quando aparecem pessoas especiais que me ajudam, mas no restante, eu que me esforço, que corro atrás e que faço acontecer. E foi assim com meus livros. No começo eu estava totalmente perdida em escrever uma história completa. Quebrei a cabeça, imitei o estilo de escrever das minhas autoras favoritas até que hoje, evoluir e me tornei quem eu sou. Ainda preciso aprender bem mais, mas estou feliz com minha evolução.

3 - Como você planeja seus livros antes de escrevê-lo? Organiza todo o projeto em sua mente com antecedência ou deixa ser surpreendido à medida que escreve?

Eu geralmente separo três a quatro arquivos. Um para os personagens, outro para o enredo da história, fatos e datas importantes, coisas que preciso colocar na história, outro para cenas que aparecem e que serão usadas mais pra frente e outro documento para escrever a própria história.

4 - Você segue uma rotina quando está escrevendo um livro? Qual?

A minha única rotina é escrever todo dia. Ou pelos menos tentar.

5 - Qual o mais difícil de escrever: a primeira ou a última frase?

Pelo amor do pai, o mais difícil é os dois hehehe. Sempre tenho dificuldade, porque a história chega no meio pra mim, então as primeiras e últimas partes me matam.

6 - Qual foi o maior desafio que você enfrentou no processo de escrita?

Identificar qual a minha voz. O que eu quero passar aos meus leitores. Ainda estou me descobrindo nesse processo e é estranhamente doloroso e gostoso. Tenho uma voz e quero levar isso às pessoas, mas como fazer isso é que me desafia.

7 - O que você faz quando se sente travado?

Dou um tempo. Não fico insistindo não, se eu escrevo forçado, sai tudo horrível. Como não sou de assistir filmes, isso não me ajuda, então eu paro tudo e deixo minha cabeça refrescar.

8 - O que motiva você como escritor? E o que foi determinante para você se tornar escritor?

Eu amo escrever. Amo desde sempre e para sempre. Então, ser escritor é apenas um reflexo dessa minha paixão. Amo ler por que conheço mundos e amo escrever por que construo mundos. Agora, um fator externo que me motiva, é ver as pessoas gostando do que escrevi, se identificando, curtindo, isso motiva pra caramba.

9 - Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativo?

Não. Não me considero uma pessoa totalmente criativa, por que queria usar a criatividade que tenho em outras áreas. Mas posso dizer que minha mente não para, nem por um segundo. O tempo inteiro estou imaginando cenas, construindo diálogos, sentindo coisas e criando histórias. Isso é bem surreal e antes me assustava, por que eu achava que era louca hehehe. Mas hoje eu consigo lidar com isso bem de boa.

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