Entrevista: Esthefanny Bezerra

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Oiê! Tudo bem? Prazer, meu nome é Esthefanny Bezerra e tenho 20 anos. Conheci o Wattpad através de uma amiga, também autora, que publicava seus livros por lá. Isso ocorreu em um grupo de Whatsapp, entre os anos de 2016/2017. Desde então, o laranjinha, como costumo chamar, tomou meu coração!

1 - O que gostaria de ter ouvido quando começou e ninguém falou?

INVISTA EM DIVULGAÇÃO. Nenhum livro vai crescer sozinho. Nada cai do céu e é importante que você lute para ganhar seu espaço. Nisso, é claro, você pode contar com outras pessoas. Aproveitando: faça amizades no mundo literário. Não há nada mais poderoso do que poder contar com uma mão amiga para lhe ajudar e escutar suas histórias.

Outra coisa: ACREDITE NA SUA HISTÓRIA E NO SEU POTENCIAL. Sei o quanto é difícil para nós levantarmos da cama e continuarmos acreditando, mas, imagine, se nem mesmo você acreditar, quem irá? A cada vez que você se sentir desmotivado e/ou saturado, lembre-se do porquê começou com tudo aquilo, qual objetivo você deseja cumprir com aquela história e quem deseja tocar ao colocar aquelas palavras no papel. Acredite em mim: isso ajuda mais do que você pode imaginar.

2 - Qual trabalho você mais se orgulha de ter feito e por quê?

Conselho Tutelar. Eu amo tanto essa história, que chega a ser impossível colocar em palavras. CT foi o primeiro livro que, de fato, eu terminei (no finalzinho de 2017), com um turbilhão e meio de coisas acontecendo na minha vida e cheia de inseguranças. A história fala muito comigo e há uma personagem, a Giulia, que me ensina bastante através de seus atos e palavras. Hoje, o livro está passando por uma revisão (que, na verdade, é mais uma reescrita). Espero poder trazer para vocês me breve!

3 - Como você planeja seus livros antes de escrevê-lo? organiza todo o projeto em sua mente com antecedência ou deixa ser surpreendido à medida que escreve?

Depende muito do projeto, para ser sincera. Nos últimos anos, percebi que funciono muito bem quando crio roteiros, uma vez que me ajudam a ter uma visão global da história. Assim, sempre os crio, mesmo que mentalmente (esse caso é bem raro, porque sou muito esquecida, então, corro sérios riscos de não me lembrar de nada poucas horas depois). Quando escrevo contos, que são mais curtos, tendo a deixar a proposta ir de maneira mais leve, com roteiros mais enxutos ou na base do "deixo a vida me levar, vida leva eu". Os livros, esses sim, faço roteiros mais extensos e que me contem com exatidão o que vai acontecer em cada cena.

4 - Você segue uma rotina quando está escrevendo um livro? Qual?

Às vezes. Gosto de me sentar com meu computador e ficar sozinha para deixar as ideias fluírem. Música é uma parte importante e, como crio playlists para absolutamente todas as histórias que escrevo, sempre as visito. Gosto de ter uma garrafa d'água por perto para refrescar as ideias quando surge aquele bloqueio criativo.

5 - Qual o mais difícil de escrever: a primeira ou a última frase?

Essa é, na verdade, uma ótima pergunta! Não sei, de verdade. Tenho problemas para começar, pois é ali onde vou fisgar meu leitor, no entanto, a última linha sempre é uma das partes mais difíceis de escrever, porque estou tão apegada aos personagens que não quero deixa-los ir. Além disso, colocar o ponto final significa fechar um ciclo e eu quero fazê-lo da melhor maneira possível. Então, para mim, ambos são complicados.

6 - Qual foi o maior desafio que você enfrentou no processo de escrita?

Reconhecer quais críticas eram consideradas construtivas e quais queriam apenas me colocar para baixo. Aprender a escutar o que o outro tinha a me falar sobre as minhas histórias para conseguir crescer e desenvolver. Certamente, desde que comecei, já melhorei e muito nesses aspectos, mas cada dia é um novo dia para continuar aprendendo e evoluindo, não é mesmo?

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