VIII

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     Já são doze horas da noite, reviro-me na cama mais uma vez, mas o sono não vem

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     Já são doze horas da noite, reviro-me na cama mais uma vez, mas o sono não vem. Puxo o cobertor e me enrolo nele, tentando achar uma posição confortável. Encaro o teto do meu quarto, que estaria totalmente escuro senão fosse a luz da lua que entra através da janela de vidro. O teto branco (agora escuro pela falta de luz) é muito monótono, o que me faz querer muda-lo para algo mais colorido.

   Em algumas histórias dos humanos que li, eles pintavam o teto com algum tipo de tinta que brilha no escuro, nós híbridos ainda não temos isso, mas nada que um pouco de magia não possa resolver.

   Levanto, desistindo de dormir. Dou alguns poucos passos até a janela, colocando as mãos no vidro que está um tanto frio, como eu esperava. Abro-a e logo em seguida, sou acariciado por uma brisa fresca com o cheiro de pinhos e rosas. Sento-me no parapeito da janela, colocando os pés para fora como fiz da outra vez, enquanto minha cauda balança livre dentro do quarto.

   Olho para o céu, que está totalmente cheio de estrelas, elas enfeitam cada centímetro dele, seguidas pela exibida lua que está quase cheia. Fico em pé sobre o parapeito, estico as mãos e tento alcançar a madeira do telhado, mas a minha altura não ajuda muito, mesmo já estando um metro acima, devido à janela. Uso meus dons sobre a gravidade que não são lá muito bons, mas dão para o gasto. Levito até estar em cima do telhado sobre o quarto.

  Agora sim. Vista em 360°.

   Deito-me sobre as telhas sem me importar em está apenas de cueca. Não há ninguém fora de suas casas mesmo, devido ao toque de recolher.  Encaro novamente o céu estrelado, essa perfeição de natureza.

    Dizem que es estrelas são a única coisa que compartilhamos diretamente com os humanos. Segundo as histórias antigas, os dois mundos tem a mesma visão do céu e dos astros. Estou tão envolvido pelos pontinhos brilhantes que mal noto algo se movendo ao meu lado. Olho rápido para o lado, com o coração palpitando de nervosismo.

   Ah! É só um pássaro.  A sensação de alívio vem imediatamente quando olho para a coruja branca, que me encara com seus grandes olhos amarelos.

   Ela deve ter algo para me dizer.

    Lembro-me do pedido que fiz aos pássaros dias antes, mas eles nunca trouxeram uma notícia sobre o suposto assassinato, que aliás, parece ter sido esquecido por todos. Eles normalmente me trazem apenas fofocas sobre as pessoas, tipo: as gêmeas de pavão dividindo o mesmo garoto na cama, aaron fazendo sexo com Alissa no porão da casa dela, briga de garotos, pais revoltados com as notas dos filhos... Nada que realmente seja útil.

    A coruja se aproxima, ficando centímetros do meu ouvido, então ela começa a sussurrar coisas, que para qualquer outra pessoa seria apenas grasnados, mas para mim, eles se tornam palavras.

   Tem alguém andando pelas ruas, vigiando as casas, procurando algo... Apenas essas palavras são o suficiente para me fazer sentar bruscamente sobre o telhado, olho para a rua em frente à minha casa, que está meio escura e desértica.

Academia De Híbridos (COMPLETO)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt