Thomas não é um garoto normal em relação aos parâmetros humanos, mas isso não é um problema onde ele mora (já que em seu mundo não existe humanos).
Os híbridos vivem suas longas e pacatas vidas como bem entendem em seu mundo deslumbrante, mas é n...
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- pai, acho que já vou dormir- bocejo enquanto falo.
- mas já?
- é que eu não tenho dormido bem esses dias, por causa das... Ann... Das aulas.
- tá bom, e não estude demais ok? Se divirta um pouco com seu novo amigo.
- ok, pai.- levanto do sofá e vou para meu antigo quarto. Abro a porta e encontro tudo no exato lugar em que deixei, exceto pelos livros e roupas que agora estão no meu novo quarto. Tiro os sapatos e me jogo na cama com roupa e tudo. Coloco a cabeça no meu travesseiro fofinho e espalho os braços e as pernas por toda a cama como se fizesse um anjo de neve.
- nossa, você deve está cansado mesmo né?- levanto um pouco a cabeça, só o suficiente para ver meu pai encostado na porta do quarto.
- uhum.
- durma bem, filho.- ele caminha até a cama e dá um beijo nos meus cabelos.
- o senhorr já vai dorrmirrr também?- pergunto com a voz meio estranha, já que estou com a bochecha colada do travesseiro.
- eu vou ler um pouco antes.
- ah.
- você quer um cobertor?
- ahn... Uhum.- ele vai até o guarda-roupas e tira de lá um cobertor fofinho, jogando-o sobre mim logo em seguida.
- obrrrigado.
- de nada filho, agora eu vou apagar a luz do quarto ok?
-ok.- segundos depois, o quarto fica totalmente escuro, então escuto os passos para fora do quarto e o som da porta sendo encostada.
Hoje tivemos um dia cheio, fizemos o bolo, jogamos xadrez, almoçamos, jogamos diversos outros jogos, conversamos muito... Eu tenho o melhor pai do mundo! Adormeço sem me preocupar com mortes ou figuras encapuzadas, hoje o dia foi um de alegria.
" - thomas meu bebê, vem pro papai vem- encaro as mãos grandes estendidas para mim, mas eu não quero ir, aqui onde estou é bom.
- ahá! Ele quer ficar com a mamãe né meu lindo?- sem entender, olho para cima, encontrando um par de olhos azuis e um sorriso caloroso.
- mas eu também quero segurar o nosso anjinho.- fala uma voz masculina.
- relaxa querido, nós temos todo tempo do mundo para mimar nosso garotinho.- a mulher dos olhos azuis me envolve em um abraço quentinho, depois ela é abraçada pelo homem, então ficamos os três abraçados, e a única coisa que quero é que isso não acabe nunca..."
Acordo sobressaltado e sento na cama, respirando com dificuldade. Repasso o sonho várias vezes, tentando entender algo. Tinha um bebê. Não. EU ERA O BEBÊ! E quem era a mulher dos olhos azuis? Olhos azuis idênticos aos que vejo toda vez que me olho no espelho. E ainda tinha meu pai! Embora não tenha visto o rosto dele, é impossível não reconhecer aquela voz.
