XXII

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    - Conte - é a primeira coisa que ele diz quando nos sentamos no sofá luxuoso.

  - e-eu... Descobri várias coisas no livro que você me deu.

  - e??

  - o-olha isso.- me aproximo, sentando do seu lado, então estendo o livro que está aberto na árvore genealógica da família real.  Ele pega o livro das minhas mãos e olha direto para onde eu estou indicando. Para meu nome.

   - você...? Você que escreveu isso?

   - o meu nome simplesmente apareceu aí quando toquei na folha.- falo, enquanto ele alterna o olhar entre mim e o livro.

  - isso quer dizer... QUE VOCÊ É UM PRÍNCIPE!!!- ele grita, me deixando quase surdo.

   - fala baixo! E eu não sou um príncipe.

   - é sim! Sua mãe era uma princesa, então...

   - não sabemos se o que esse livro mostra é verdade, e eu tenho que falar com meu pai sobre isso.

   - como assim? Você não conheceu sua mãe?? Nunca... Perguntou sobre ela?

   - meu pai disse que ela morreu quando eu nasci, ele nunca falou sobre ela... Isso é estranho??- pergunto.

   - sim. Quem não sabe quem é a própria mãe hoje em dia?

   - mas... Ele disse que ela morreu!!- digo, encarando seus olhos negros.

   - e você nunca parou para pensar que você tinha avós, ou tios sei lá?- ele fala, me encarando também. E pra falar a verdade, ele tem razão, nunca perguntei sobre meu outro lado da família, mas... Eu... Meu pai sempre me deu carinho e tudo que eu precisei, nunca faria nada que o magoasse, mas já chegou na hora de saber, tenho que saber a verdade.

    - mas era só isso principezinho? Você chegou aqui como se tivesse visto um mostro.- merda, esse novo apelido é tão ruim quanto o outro.

   - não me chame assim, e não, não é só isso.- levo a mão até o livro que está em seu colo, e então passo as páginas e coloco na parte que me aterrorizou, que está marcada pela foto em preto e branco.

   - leia isso.- digo, tirando a mão do livro bem rápido, por quê não quero que ele veja que ela está tremendo. Aaron passa alguns minutos lendo, enquanto eu apenas o encaro.

   - f-foi isso que eu vi no outro dia na floresta.- murmuro, assim que vejo que ele terminou de ler. Aaron me encara, depois olha para o foto e logo em seguida me encara de novo, antes de falar:

   - a gente tá fudido.

   - sim, muito fodidos.- respondo, sem me preocupar com educação.

   - e como nós nos livramos dessa coisa??

   - e-eu não s-sei.- digo, já começando à ficar nervoso. - não sabemos quais habilidades ele tem... Se ele tiver todos os dons dos que matou... Será o nosso fim.- desabafo, não me importando com a minha voz que está falhando ou com as lágrimas que ameaçam cair.

Academia De Híbridos (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora