XXXII

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Aaron

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Aaron.

   Já não sei por quanto tempo estou correndo, pela posição do sol já deve ser umas... Três da tarde. A sede está me matando, rezo para cruzar com algum riacho no caminho, senão vai ser impossível voltar para casa.

  A floresta parece ser mais densa e escura à cada passo que dou, as árvores imponentes parecem ficar mais perto uma das outras, fazendo com que suas copas se juntem, tornando impossível a penetração da luz.

   Plantas cheias de espinhos estão espalhadas por todos os lugarem, as várias marcas nos meus tornozelos são a prova disso. Minha camisa está ensopada de suor, e o cansaço está quase palpável ao meu redor, me fazendo reduzir a velocidade até está apenas caminhando rapidamente.

   Meus olhos estão atentos à qualquer movimento, olho para os lados e para a frente com atenção, procurando qualquer indício do meu leãozinho. Então depois de dá mais alguns passos, noto uma figura branquinha, sentada no chão, com as costas contra o tronco de uma árvore enquanto abraça os joelhos.

   Meu coração praticamente salta de alívio, como se tivessem tirado cem quilos de cima de mim, caminho em sua direção, tentando fazer o máximo de silêncio possível.

  - T-Thomas.- guaguejo, estando apenas uns dois metros de distância dele. Ele levanta a cabeça bruscamente e me encara, como se tivesse vendo um monstro que saiu do seu pior pesadelo.

  - o que...- ele para de falar, então lágrimas gordas começam à escorrer pelas suas bochechas. O que me faz cobrir a distância nós em uns dois segundos.

  - não chora meu leãozinho.

  - v-vai... P-por favor... Vai e-embora.- fala entre os soluços.

  - não, deixa eu te explicar tudo.- começo, tentando segurar suas mãos.

  - VAI EMBORA, NÃO TEM NADA PARA EXPLICAR!!- ele grita, tentando me empurrar com suas mãos, que estão meladas de sangue.

  - por favor, deixa eu explicar, me dê só dois minutos.- suplico.

  - não!!- fala, antes de soltar um gemido de dor.

  - só dois minutos, por favor, depois se você quiser eu vou embora. Prometo.- ele parece pensar um pouco, me encarando, enquanto eu encaro de volta o seu rosto, que está sujo de terra e molhado pelas lágrimas.

  - t-tudo bem, mas só porquê alguma coisa me diz q-que eu não te-tenho escolha.- concorda, sem parar de chorar. Solto um suspiro, antes de me ajoelhar ao seu lado e abaixar a cabeça.

  - Thomas, eu te amo, e fui um estúpido à não falar isso antes. Por favor, confia em mim, eu nunca trairia você! Está escutando? Eu amo você e nunca tocaria em outra pessoa!- asseguro, enquanto ele me encara com descrença, sem parar de chorar.

Academia De Híbridos (COMPLETO)Where stories live. Discover now