Aaron.Já não sei por quanto tempo estou correndo, pela posição do sol já deve ser umas... Três da tarde. A sede está me matando, rezo para cruzar com algum riacho no caminho, senão vai ser impossível voltar para casa.
A floresta parece ser mais densa e escura à cada passo que dou, as árvores imponentes parecem ficar mais perto uma das outras, fazendo com que suas copas se juntem, tornando impossível a penetração da luz.
Plantas cheias de espinhos estão espalhadas por todos os lugarem, as várias marcas nos meus tornozelos são a prova disso. Minha camisa está ensopada de suor, e o cansaço está quase palpável ao meu redor, me fazendo reduzir a velocidade até está apenas caminhando rapidamente.
Meus olhos estão atentos à qualquer movimento, olho para os lados e para a frente com atenção, procurando qualquer indício do meu leãozinho. Então depois de dá mais alguns passos, noto uma figura branquinha, sentada no chão, com as costas contra o tronco de uma árvore enquanto abraça os joelhos.
Meu coração praticamente salta de alívio, como se tivessem tirado cem quilos de cima de mim, caminho em sua direção, tentando fazer o máximo de silêncio possível.
- T-Thomas.- guaguejo, estando apenas uns dois metros de distância dele. Ele levanta a cabeça bruscamente e me encara, como se tivesse vendo um monstro que saiu do seu pior pesadelo.
- o que...- ele para de falar, então lágrimas gordas começam à escorrer pelas suas bochechas. O que me faz cobrir a distância nós em uns dois segundos.
- não chora meu leãozinho.
- v-vai... P-por favor... Vai e-embora.- fala entre os soluços.
- não, deixa eu te explicar tudo.- começo, tentando segurar suas mãos.
- VAI EMBORA, NÃO TEM NADA PARA EXPLICAR!!- ele grita, tentando me empurrar com suas mãos, que estão meladas de sangue.
- por favor, deixa eu explicar, me dê só dois minutos.- suplico.
- não!!- fala, antes de soltar um gemido de dor.
- só dois minutos, por favor, depois se você quiser eu vou embora. Prometo.- ele parece pensar um pouco, me encarando, enquanto eu encaro de volta o seu rosto, que está sujo de terra e molhado pelas lágrimas.
- t-tudo bem, mas só porquê alguma coisa me diz q-que eu não te-tenho escolha.- concorda, sem parar de chorar. Solto um suspiro, antes de me ajoelhar ao seu lado e abaixar a cabeça.
- Thomas, eu te amo, e fui um estúpido à não falar isso antes. Por favor, confia em mim, eu nunca trairia você! Está escutando? Eu amo você e nunca tocaria em outra pessoa!- asseguro, enquanto ele me encara com descrença, sem parar de chorar.
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Academia De Híbridos (COMPLETO)
RandomThomas não é um garoto normal em relação aos parâmetros humanos, mas isso não é um problema onde ele mora (já que em seu mundo não existe humanos). Os híbridos vivem suas longas e pacatas vidas como bem entendem em seu mundo deslumbrante, mas é n...