XIV

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(***)Thomas

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(***)
Thomas.

    Apesar de todos os imprevistos do dia anterior, dormi como uma pedra. Depois que me joguei na cama e adormeci, só acordei no outro dia, quase doze horas depois. Ouço minhas articulações estalarem enquanto eu me espreguiço, alongando os braços para cima. Pouco tempo depois, caminho para fora do quarto e desço as escadas.

   Vou apagando as luzes já que o dia está brilhante lá fora e as janelas fornecem toda a luz necessária para iluminar a casa. Entro no banheiro e encaro meu reflexo no espelho em cima da pia como sempre faço todo dia.  Está melhor do que eu esperava. Nada de olheiras ou algo assim, estou completamente normal.

   Quer dizer... O meu cabelo está parecendo um ninho de pardal, mas isso acontece todo dia. Coloco um pouco de pasta de dente na escova, e então começo à escovar os dentes enquanto penso no que fazer hoje.

   Pronto para encarar aquele idiota na escola hoje?  Não. Com certeza não. Aposto que ele vai ficar me lançando aqueles sorrisos sarcásticos como se estivesse me avisando: "faça o que eu quero, senão conto para todo mundo aqui!".  Merda. Tenho que achar um jeito de me livrar desse encosto.

    Termino de escovar os dentes e cuspo na pia, tirando a pasta mentolada da boca, depois, enxaguo a boca com água, bocejando algumas vezes antes de cuspir novamente na pia.

   Penteio o cabelo com o pente reserva que fica no banheiro, tentando desembaraçar esse... Essa coisa branca que eu chamo de cabelo. Acho que preciso cortar essa merda antes que vire uma armadilha para ratos.

   Embora meu cabelo seja liso, o tamanho não colabora muito, quando molhado, ele dá abaixo dos olhos. Mas isso não é um problema agora, tenho coisas mais importantes para resolver do quer cortar o cabelo.

   Saio do banheiro e entro na cozinha já sentindo minha barriga se contorcer, avisando que já precisa de alimento. Como tenho tempo, decido fazer um sanduíche, ao invés de comer cereal. Acho que comer isso todo dia não dá né? Já tô quase enjoando.

   Preparo tudo, colocando queijo e presunto entre as duas fatias de pão de forma, depois coloco o sanduíche (que não  ficou nada pequeno) em um prato e levo-o para o microondas.

   Encho um copo grande com leite, e o coloco no balcão enquanto espero meu café da manhã ficar pronto. A casa está precisando de outra faxina, noto isso quando vejo o piso da cozinha, que tem um pouco de terra perto da porta. E como hoje estou disposto e tenho tempo, decido fazer uma faxina rápida e deixar essa casa brilhando...

  Sou tirado da minha linha de pensamento pelo barulho feito pelo microondas, indicando que meu café da manhã está pronto.  Retiro o prato com meu lanche de dentro do microondas, usando o pano para não me queimar no processo. Coloco o prato ao lado do copo de leite e depois subo com dificuldade no balcão (por causa do meu tamanho que não colabora muito) e sento com as pernas dobradas uma sobre a outra, ficando naquela posição de meditação dos humanos. Me ajeito um pouco, tentando deixar minha cauda o mais confortável possível. Ela pende tranquilamente para fora do balcão, enquanto eu devoro o lanche a minha frente como se tivesse passado um ano sem comer.



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