Thomas não é um garoto normal em relação aos parâmetros humanos, mas isso não é um problema onde ele mora (já que em seu mundo não existe humanos).
Os híbridos vivem suas longas e pacatas vidas como bem entendem em seu mundo deslumbrante, mas é n...
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O meu dia estava sendo até legal, a aula de história me ensinou algumas coisas sobre esse governo, o que pode me ajudar na minha investigação maluca. Depois da aula, decidi dá uma passada no meu... Local de treinamento, já que fazia algum tempo que não usava meus dons. Primeiro fiz algumas flores crescerem, já que isso é mais fácil e é quase uma especialidade minha.
Depois fiz um pequeno tornado, que crescia e se movia de acordo com minha vontade, e, logo em seguida decidi tentar fazer algo novo. Tirei os sapatos e os deixei embaixo do salgueiro, então caminhei até o lago, sentindo a grama entre meus dedos e a brisa fresca que acariciava meu rosto, me fazendo abrir um sorriso involuntário.
Olho para a água que está quase tocando meus pés. concentro-me nela, imaginando ela compactada como uma rua asfaltada, tentando fazer apenas uma fina camada sólida sobre o lago, já que não pretendo matar ou machucar os peixinhos. Sinto meu poder sobrepor a água, tornando-a uma parte de mim que posso controlar do jeito que quero.
Dou o primeiro passo e sinto a água molhar e fazer cócegas na sola dos meus pés, mas não afundo um centímetro sequer nela. Sorrindo, dou o segundo, o terceiro, o quarto e o quinto passo. agora já estou onde o lago é mais fundo, olho para baixo e vejo a areia branca há uns dois metros abaixo, os peixinhos olham para mim com curiosidade, e quando vão tentar tocar nos meus pés, é como se uma barreira de vidro os impedisse.
Fico de cócoras sem me importar em molhar a cauda, que fica deslizando sobre a água. Abro um pequeno buraco no meu próprio poder e enfio a mão na água, que a atravessa normalmente até o cotovelo. Os peixinhos dourados brincam em torno dos meus dedos, rodopiando em torno do meu braço e fazendo cócegas...
- OI LEÃOZINHO, ACHO QUE PRECISAMOS TER UMA CONVERSINHA.- uma voz grave corte o Silêncio, me fazendo olhar para trás sobressaltado e encontrar dois olhos negros emoldurados por cílios grandes me encarando com intensidade, enquanto um sorriso animalesco se forma em seus lábios.
Pânico se alastra por todo meu corpo, me fazendo perder a concentração e afundar no lago em um milésimo de segundo. A água me envolve por completo quando eu afundo e continuo afundando até que meus pés encontrem a areia fina.
EU. TÔ. FERRADO!!
Aquele idiota me seguiu até aqui?! Como eu não vi ele?
Merda! Eu queria ter o poder de desaparecer!
É melhor eu pensar em algo logo e sair daqui, senão vou morrer afogado. Impulsionado com os braços e as pernas, nadando até a superfície. mesmo com a visão um pouco embaçada, consigo ver ele apoiado no salgueiro, me olhando enquanto nado até a margem.
INFELIZ, DESGRAÇADO, FILHA DA PUTA, PANTERA DO CARALHO...
Caio de joelhos na grama, puxando o ar com dificuldade. Acho que passei tempo demais submerso. definitivamente.
